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Luis Vilar

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Toledo e a pressão

O deputado estadual Fernando Toledo (PSDB) – presidente já na condição de interino da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas – anda preocupado com a saúde. Ele – na manhã desta quinta-feira, dia 05 – foi fazer um check-up, segundo informações de alguns assessores da presidência da Casa de Tavares Bastos. Na noite de ontem, ele saiu tarde do parlamento, sob estresse fortíssimo.

Toledo está pressionado por todos os lados. Os deputados afastados cobram ações que os reconduzam ao parlamento alagoano. Os suplentes – por sua vez – não querem sair da Casa. Fernando Toledo até tentou passar uma imagem de imparcialidade – logo no início da crise, em meio a confusão de decisões judiciais – mas foi “maculado” pelo comportamento de Marcos Guerra, que assumiu para si a causa dos deputados estaduais envolvidos no escândalo de corrupção da Assembléia Legislativa, denunciado pela Polícia Federal.

Os suplentes buscam apoio com o Ministério Público. Enquanto isto, os afastados foram até a Assembléia Legislativa na tentativa de conversar com a Mesa Diretora para cobrar mais “empenho”. Foram ao parlamento Isnaldo Bulhões (PN), Arthur Lira (PMN) e Cícero Ferro (PMN). Eles estiveram no gabinete de Marcelo Vitor (PTB), juntamente com Ricardo Nezinho (PTdoB) e Carlos Cavalcante (PTdoB).

Vale ressaltar que antes de convocar eleições para a presidência, Fernando Toledo fez questão de tirar os suplentes de seus mandatos subjudices, deixando novamente o parlamento “manco”. Os suplentes – neste caso – podem ser responsabilizados pelo tamanho da bola de neve que ajudaram a derrubar morro abaixo. Eles votaram em Fernando Toledo, quando Antônio Albuquerque foi destituído e silenciaram diante de algumas ações da Mesa Diretora.

Os suplentes poderiam ter brigado mais antes, porém adotaram uma postura menos “arisca” e confiaram que a Justiça daria conta por si só dos deputados estaduais afastados, o que acabou não ocorrendo, já que a influência de Antônio Albuquerque (sem partido) ainda persiste no parlamento alagoano. Agora, os suplentes brigam por uma cassação de mandato. Aliás, não brigam mais, pois ficaram de fora do parlamento, logo o pedido encaminhado à Mesa, perde seu efeito.

Ao votarem em Toledo, alguns dos suplentes – ainda que sem querer – deram um tiro no próprio pé. Agora, eles buscam a força do Ministério Público e o desejo de Justiça que alimenta alguns segmentos da sociedade alagoana para permanecerem no parlamento.

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