Transformação Silenciosa da Periferia de Maceió

É uma transformação silenciosa, mas perfeitamente visível. Moradores da periferia têm hoje uma nova perspectiva social e econômica, resultado da combinação de menor taxa de natalidade, elevação da renda e acesso ao crédito. Essas camadas emergentes aos poucos conquistam autonomia e diminuem a dependência de políticas governamentais. Encorajados a buscar melhores condições de vida, empreendedores fazem prosperar negócios em espaços improvisados dentro da própria casa ou pontos comerciais com investimento significativo.

A ascensão social despertou um empreendedorismo muito forte nas classes C, D e E – aponta a antropóloga Carmen Pires Migueles, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ao percorrer as ruas do Jacintinho, do Benedito Bentes e outros bairros periféricos de Maceió, o movimento fica claro.

Por todos os lados, surgiram negócios tradicionais, como minimercados, lojas de roupas, bares e oficinas, mas também serviços menos habituais na periferia, como academias, pet shops e decoração de festas infantis.

O empoderamento feminino é apontado como um dos fatores que também ajudaram a aumentar a renda das famílias nas comunidades da periferia.

Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 38% dos lares brasileiros são atualmente sustentados pelas mulheres.

A economia das periferias cresce ainda com a ajuda de negócios informais, que não entram nas estatísticas oficiais, mas fazem o dinheiro girar.

Embora a informalidade tenha diminuído no comércio das periferias é muito comum encontrar negócios sem registro algum.

A principal reclamação é o valor dos impostos.

Falta informação. Quando conseguimos chegar até as pessoas, elas percebem que há vantagem em se formalizar – aponta técnicos do SEBRAE.

Como disse o Ex-Presidente Americano Ronald Reagan

“Acredito que o melhor programa social é um emprego”.

Fica a dica!