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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Um preso no Brasil custa R$2,4 mil por mês e um estudante do ensino médio custa R$2,2 mil por ano.

Não importa o dia em que você assistir ao noticiário, nem qual o noticiário específico que você estará assistindo, ele estará recheado de crimes e violência. São crianças defenestradas, alunos alvejando professores e ex-companheiros assassinando suas companheiras por motivos fúteis. O repertório de agressões é vasto, e os cenários, diversos.

A sociedade se sente impotente e desprotegida.

A barbárie parece onipresente. Mas não será essa uma oportunidade de parar e pensar se é tudo isso mesmo ou se não estamos enxergando a situação como um todo?

“Quando não se fazem escolas, falta dinheiro para presídios”, diz presidente do STF.

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“Um preso no Brasil custa R$ 2,4 mil por mês e um estudante do ensino médio custa R$ 2,2 mil por ano. Alguma coisa está errada na nossa Pátria amada.” A constatação foi feita pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, que participou nesta quinta-feira (10/11) do 4º Encontro do Pacto Integrador de Segurança Pública Interestadual e da 64ª Reunião do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), em Goiânia/GO.

“Darcy Ribeiro fez em 1982 uma conferência dizendo que, se os governadores não construíssem escolas, em 20 anos faltaria dinheiro para construir presídios.

O fato se cumpriu.

Estamos aqui reunidos diante de uma situação urgente, de um descaso feito lá atrás”, lembrou a ministra.

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Nos últimos 15 anos, o Brasil construiu mais presídios que escolas.

Exemplos para serem seguidos

Antes foi a Holanda fechou 8 presídios.Agora é a Suécia que acaba de fechar 4 presídios.

Desde os anos 90 o mundo todo estava somente enchendo as cadeias.

De repente, nasce uma tendência contrária.

Será que vai se sustentar?

Em vários países o número de presos está diminuindo.

As causas?

Redução da criminalidade, enfoque mais compreensivo em relação ao tema drogas, baixa reincidência, aplicação de mais penas alternativas, inclusive para pequenos roubos, para os furtos e lesões não graves etc.

Por que Holanda e Suécia estão fechando prisões, enquanto o  Brasil esta aumentando os presos?

Por que Noruega tem baixo índice de reincidência, enquanto são altos os índices no Brasil?

Por que vários países estão diminuindo os presos e as prisões, enquanto o Brasil está fechando escolas para construir presídios?

Por que países como Suécia e Holanda dão tratamento ameno à questão das drogas, enquanto o Brasil continua com a mentalidade puramente repressiva?

Uma boa pista que se poderia sugerir para entender essas abissais diferenças pode residir na cultura de cada país: patriarcal ou alteralista. Um ponto relevante consiste em examinar o quanto os países mais liberais já se distanciaram do arquétipo do Pai (patriarcal) para fazer preponderar o arquétipo da alteridade. No campo econômico, apesar de todas as crises mundiais e locais, as nações mais prósperas neste princípio do século XXI (países nórdicos, Suíça, Canadá, Japão etc.) são as mais cooperativas, as mais solidárias (ou seja, as que contam com menos desigualdades). As que seguem mais firmemente o arquétipo da alteridade (não o patriarcado). Trata-se, neste caso, de uma cooperação intencional, deliberada. O progresso econômico sustentável depende dessa prática cooperativa.

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Nenhuma sociedade é rica plenamente se grande parcela da sua população está mergulhada na miséria e na pobreza.

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