Sabe, meus caros leitores, que se afundem na lama da dinheirama roubada e se entupam de remédios tarja preta para dormir porque o que vale é o ditado “Diz-me com que tu andas que eu direi quem tu és! E eu digo “tu és ladrão!”
Não foi fácil suportar três meses e meio de calúnias, de mentiras. Longos três meses e meio de agonia, em que por tantas vezes tive de abrir mão da convivência com minha família e meus amigos, ocupado em desfazer intrigas e exercer o primeiro de todos os direitos democráticos: o direito de defesa. Mas a inocência é uma força poderosa. Foi a certeza dessa inocência que me deu a tranqüilidade de continuar na Presidência do Senado. Um cargo do qual sempre tive o maior orgulho e que procuro honrar com uma postura marcada pelo respeito, pelo equilíbrio e pelo diálogo.
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil.
Muniz Falcão foi o governador que representou, em terras caetés, o projeto nacional-trabalhista construído durante as décadas de 40 e 60. A força desse projeto se encontrava no binômio desenvolvimento econômico e inclusão social, particularmente no que se referia a direitos sociais para os trabalhadores.
Há uma afirmação, nociva ao espírito da pluralidade de organização e opinião, cantada em verso e prosa pelos segmentos políticos mais atrasados em nosso país, de que as esquerdas seriam antidemocráticas e contra a diversidade partidária. São atingidos pelo próprio veneno que tentam disseminar na sociedade.
A Constituição quis uma Defensoria como um escudo de proteção entregue ao Povo, um Povo cada vez mais entregue as perversas condições sociais. É para muitos a oportunidade de sobreviver com dignidade, de aliviar a dor dos subjugados, minimizar as agruras dos seus caminhos. E para esse combate precisamos cada vez mais das nossas prerrogativas e de todas as armas legais por nós conquistadas.
As expressões de inconformismo dos envolvidos mais ilustres ensinaram que o tempo passa, mas nem todos evoluem. O ex-ministro-chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, por exemplo, brande os carcomidos argumentos de sempre, embalados pela sua não menos antiga teatralidade quando diz estar “perplexo, quase em pânico, estupefato” com o a decisão daquela Corte, tomada “sob pressão da imprensa”. Nenhuma novidade: quando cassado, em 2005, fez o mesmo estardalhaço, proferiu idêntico discurso vazio e lançou as diatribes de costume. A pose de vítima é a sua preferida, o traço marcante de uma personalidade pueril, um ego agigantado.
Sempre é possível produzirmos um pouco mais. Sempre haverá a possibilidade de revermos aquilo que está sendo feito e, com uma nova metodologia de trabalho, fazermos ainda mais. Ganhará com isso a sociedade, que passará a ter mais serviços públicos sendo colocados à sua disposição, melhorando rapidamente a qualidade de vida.
Coincidência ou não, o quarto ao lado é o da sua filha. E mais coincidência é que não são barulhos, mas sussurros. Iguais ao que você fazia quando tentava pô-la no mundo. E que conseguiria nove meses depois.