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Trabalhadores rurais acampam na Praça Sinimbú, no Centro

Trabalhadores rurais ocupam Sinimbú e anunciam caminhada no Centro

Trabalhadores rurais ocupam Sinimbú e realizam caminhada no Centro nesta quarta-feira Cerca de 500 trabalhadores rurais ligados ao Movimento Jornada em Defesa da Reforma Agrária (Terra livre, MLT, Via do Trabalho e MUPT) ocupam desde a manhã desta terça-feira, 5, a Praça Sinimbú e a sede do Instituto Nacional de Colonização e Regorma Agrária (Incra), no Centro de Maceió. De acordo com Tarcísio Barbosa, um dos coordenadores do movimento Terra Livre, mais mil trabalhadores rurais são aguardados para se juntar ao grupo. Eles pretendem realizar uma grande caminhada pelas ruas do Centro nesta quarta-feira, 6, a partir das 8h, com paradas em frente ao Tribunal de Justiça e o Palácio República dos Palmares. “A nossa pauta única é a reforma agrária. Queremos uma reunião com representantes do governo e do Incra para relatar alguns problemas, entre eles a truculência que tem sido empregada no cumprimento de mandados de reintegração de posse”, explicou. Barbosa citou como exemplo a ação ocorrida em Messias no dia 18 de fevereiro passado. Segundo ele, a reintegração foi marcada por espancamentos e prisões: “Foram 300 famílias prejudicadas que, sem terem para onde ir, estão abrigadas na casa de parentes”. O coordenador informou que o movimento já solicitou o apoio da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL para ingressar com uma representação contra o Estado por conta da suposta truculência. Ele também relatou a situação das 200 famílias que foram retiradas de um acampamento em Capela e colocadas em uma área sem nenhuma estrutura no município de Cajueiro. “Essas pessoas não têm sequer água potável e estão passando necessidades. Eles não tiveram um prazo para colheita e perderam tudo o que plantaram, em um prejuízo de cerca de R$ 140 mil”, denunciou, acrescentando que o movimento irá apresentar um requerimento à Vara Agrária solicitando o ressarcimento desse valor.