Ibaneis Rocha, do MDB, é eleito governador do Distrito Federal

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O advogado Ibaneis Rocha, do MDB, foi eleito neste domingo (28) governador do Distrito Federal pelos próximos quatro anos.

Segundo a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até as 17h35, Ibaneis já tinha recebido 850.050 votos – o correspondente a 70,45% dos votos válidos.

Nesse horário, 80,99% dos votos já estavam apurados. Assim como no primeiro turno, o resultado do DF foi o primeiro a ser confirmado em todo o país.

Biografia

Ibaneis Rocha Barros Junior nasceu em 10 de junho de 1971, em Brasília – e será o primeiro “candango” a governar o DF. Aos 47 anos, ele disputou uma eleição distrital pela primeira vez neste ano.

O advogado e empresário foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no DF de 2013 a 2015. Hoje, exerce o cargo de conselheiro federal no órgão.

O candidato, que nasceu e fez carreira em Brasília, passou parte da infância e da adolescência em Corrente (PI). Ele se formou em direito pelo UniCeub, se pós-graduou em processo do trabalho e processo civil, e é mestrando em gestão e políticas públicas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.

Filiado ao MDB em 2017, Ibaneis disse que escolheu o partido por estrutura e tempo de televisão. O candidato encabeça uma coligação com Avante, PP, PSL e PPL. O vice da chapa é o empresário Paco Britto, presidente regional do Avante – em 2010, Britto foi candidato a suplente ao Senado na chapa de Alberto Fraga (DEM).

Ibaneis era o postulante ao governo do DF com o maior patrimônio declarado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre os 11 concorrentes: R$ 93.720.602,57. O advogado usou parte da fortuna pessoal para bancar a própria campanha: todos os R$ 2.850.000 utilizados na corrida eleitoral foram arrecadados por meio de recursos próprios.

No plano de governo registrado no TRE, Ibaneis promete explorar o conceito de “cidade inteligente”, prometendo uso de tecnologia em áreas como saúde, segurança, mobilidade, educação e meio-ambiente.

A campanha

No início da campanha eleitoral, o nome de Ibaneis aparecia junto aos candidatos “nanicos”, com 2% das intenções de votos. Naquele momento, a primeira colocação nas pesquisas era de Eliana Pedrosa (DEM), com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e os deputados federais Alberto Fraga (DEM) e Rogério Rosso (PSD) nas posições seguintes.

O candidato à reeleição, Rodrigo Rollemberg, nunca liderou os levantamentos de intenção de voto. Vários cenários chegaram a mostrar que ele não chegaria ao segundo turno – um cenário revertido apenas na primeira semana de outubro, logo antes da primeira ida às urnas.

Nos 21 dias de segundo turno, no entanto, a liderança de Ibaneis ficou clara desde os primeiros levantamentos do Ibope e do Datafolha. Nas pesquisas iniciais, ambos os institutos cravaram 75% de votos válidos para Ibaneis e 25% para Rollemberg. A diferença caiu, mas em ritmo menor do que o necessário para inverter o resultado.

As promessas

No plano de governo apresentado ao TSE e nos eventos de campanha, Ibaneis criticou ações do governo atual nas áreas de habitação, mobilidade, infraestrutura e economia. Entre as promessas, está a reconstrução de casas que foram derrubadas pela Agência de Fiscalização (Agefis) em áreas irregulares.

O plano de governo também fala em reativar o funcionamento 24 horas de todas as delegacias de Polícia Civil – hoje, quase metade funciona apenas em horário comercial. Ainda na área de segurança, Ibaneis promete aumentar as vagas do sistema carcerário e abrir uma delegacia da mulher no Sol Nascente, em Ceilândia.

Na área de ciência e tecnologia, Ibaneis promete distribuir internet wi-fi (sem fio) em todo o DF e criar um “plano diretor” para os investimentos no setor. Ele também diz que pretende incentivar a venda de carros elétricos, híbridos e movidos a hidrogênio.

Para reativar a economia, Ibaneis diz que vai revitalizar o Setor Comercial, criar um novo Ceasa e um Mercado Central. As medidas serão importantes para ampliar a arrecadação, já que o governador eleito promete reduzir IPTU e IPVA, além de derrubar o ICMS do diesel para igualar a alíquota à de Goiás.

Fonte: G1

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