Bolsonaro discursou na Câmara contra famílias de médicos cubanos no Brasil, mas agora é a favor

O deputado Jair Bolsonaro durante discurso na Câmara em fevereiro do ano passado — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente eleito Jair Bolsonaro defendeu, ainda como deputado, em 2013, a proibição da entrada no Brasil de familiares de médicos cubanos que ingressaram no programa Mais Médicos.  O registro dos discursos está disponível nas notas taquigráficas da Câmara.

Hoje, mais de cinco anos depois, Bolsonaro critica a suposta proibição da vinda de familiares dos médicos cubanos e diz que permitir a entrada dessas pessoas no país seria uma das condições do Brasil para a manutenção da participação de Cuba no programa.

Para ele, é uma “situação desumana” separar famílias de cubanos. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nega que o acordo assinado com o governo brasileiro impeça a vinda de familiares dos médicos cubanos ao país.

No último dia 14, o governo de Cuba anunciou que deixaria o Mais Médicos e como motivo apontou “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas por Bolsonaro à presença de cubanos no Brasil.

Segundo o presidente eleito, Cuba não concordou com as exigências feitas por ele para manter os profissionais no programa.

Em 2013, o então deputado federal Jair Bolsonaro, que à época estava no PP, fez diversos discursos criticando a medida provisória que criou o Mais Médicos.

Em mais de uma ocasião, Bolsonaro disse que a intenção do programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, era trazer “agentes” cubanos para promover o socialismo no país.

Fonte: G1

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