Instalações sismográficas auxiliarão na identificação de eventos no Pinheiro

Ascom / CPRM

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Após relatos de moradores do bairro do Pinheiro a respeito de novas atividades sísmicas na região, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), por meio da Rede Sismográfica Brasileira, e em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), instalou seis estações sismográficas que auxiliarão no registro de eventos sísmicos ao longo de todo o bairro e arredores.

Déborah Moraes / AL24H

Marcos Ferreira, pesquisador em Geociências

Na tarde de hoje, 31, especialistas do CPRM e UFRN concederam entrevista coletiva, na qual explicaram como os equipamentos vão funcionar. De acordo com o pesquisador em Geociências, Marcos Ferreira, os equipamentos foram instalados em pontos estratégicos dentro e fora das áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil e fornecerão dados on-line que serão estudados na UFRN, em Natal. Os locais para a instalação foram definidos com base nas condições do ruído ambiental, sinal de rede e segurança do equipamento, entre outros fatores.

Ainda segundo o especialista, os equipamentos, que são pouco maiores que uma bateria de carro, já estão em funcionamento há três dias e são capazes de medir  vibrações de qualquer origem com aproximadamente 1 km de raio partindo do centro do bairro e poderão determinar com mais precisão a origem e extensão destes eventos. “Estas estações fornecerão mais um conjunto de dados que serão correlacionados com os outros e isso poderá trazer mais informações que poderão gerar a solução ou pelo menos identificação do problema no Pinheiro”, explicou.

Ferreira disse que  os primeiros dados coletados ainda estão sendo avaliados e não tem previsão de divulgação de resultados. Ele ressaltou também que estas estações fazem parte de um projeto experimental e que só após a análise do que for coletado o CPRM poderá determinar a necessidade de uma instalação permanente em Maceió.

Déborah Moraes / AL24H

Eduardo Menezes, geofísico da UFRN

Eduardo Menezes, geofísico e técnico de sismologia da UFRN, disse não acreditar que o caso registrado aqui tenha a ver com movimentação de placas tectônicas e acredita que os equipamentos garantirão precisão sobre os fenômenos. “Acreditamos que o acontece aqui, aparentemente, é bem raso, sem tanta intensidade, bem localizado”, disse o especialista.

A cobertura registrará microtremores, que na sua maioria, não são perceptíveis pela população, além de viabilizar as condições para elaboração de um mapa de localização destas vibrações e sua magnitude.

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