Angelina Jolie visita fronteira entre Venezuela e Colômbia

Globo

As pontes na fronteira entre o estado venezuelano de Táchira e o departamento colombiano de Norte de Santander foram reabertas neste sábado (8) para a passagem de pedestres, como ordenou ontem o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O trecho estava fechado desde 22 de fevereiro.

Desde o amanhecer deste sábado as autoridades venezuelanas permitem a circulação de milhares de pessoas que, em sua maioria, carregam ou arrastam malas e se dirigem à cidade colombiana de Cúcuta, segundo constatou a Agência EFE na Ponte Internacional Simón Bolívar. Outras três pontes fazem a ligação entre os dois países.

Apesar da reabertura para pedestres, a circulação de veículos não está permitida e as pontes seguem bloqueadas com os contêineres que o governo venezuelano instalou para impedir a passagem da ajuda humanitária vinda da Colômbia.

Visita humanitária da ONU

A atriz e produtora de cinema Angelina Jolie está na região como enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os refugiados.

Ela visitou um acampamento de fronteira onde imigrantes venezuelanos estão alojados em tendas.

Segundo a ONU, mais de 4 milhões de venezuelanos já deixaram o país nos últimos anos.

Abertura da fronteira

Maduro ordenou ontem à noite a reabertura das passagens na fronteira entre as duas regiões, fechadas desde 22 de fevereiro, um dia antes que a oposição dirigida pelo líder do parlamento, Juan Guaidó, tentou, sem sucesso, forçar a entrada de ajuda humanitária para aliviar a escassez de alimentos e remédios.

“Em exercício pleno da nossa soberania, ordenei a abertura das passagens fronteiriças com a Colômbia no estado de Táchira, a partir deste sábado. Somos um povo de paz que defende firmemente nossa independência e autodeterminação”, escreveu Maduro no Twitter.

Com esta medida, desde antes do amanhecer deste sábado milhares de pessoas esperavam no lado venezuelano a reabertura da Simón Bolívar para chegar a Cúcuta, seja para adquirir produtos básicos ou para emigrar do seu país.

Travessia em busca de remédios

Um deles é Merwin León, um homem de 38 anos oriundos de Puerto Cabello, no estado de Carabobo, que junto com sua esposa se dirigia o mais rápido possível para Cúcuta, de onde espera seguir viagem até Bucaramanga, capital do departamento vizinho de Santander.

“Vou a Bucaramanga buscar os remédios para minha avó que é hipertensa”, disse à EFE León, que comentou que a passagem de San Antonio del Táchira até Cúcuta pela Simón Bolívar foi “rapidinha, sem nenhum problema”.

Cúcuta, capital de Norte de Santander, está conectada com San Antonio pela ponte Simón Bolívar, enquanto a Francisco de Paula Santander a une com a cidade de Ureña, também no estado de Táchira.

Uma terceira ponte, a de Tienditas, concluída em 2016, nunca foi posta em serviço, enquanto a de La Unión é uma estrutura menor e está situada entre as cidades de Puerto Santander (Colômbia), próxima a Cúcuta, e a venezuelana de Boca del Grita.

Os dois países compartilham uma fronteira terrestre de 2.219 quilômetros e, por causa do incidente da ajuda humanitária de 23 de fevereiro, que terminou em distúrbios, Maduro rompeu “todo tipo de relações” com a Colômbia.

Fonte: G1

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