Medo da guerra faz atacante brasileiro deixar o Kuwait: ‘Tenho filho pequeno’

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Medo da guerra faz atacante brasileiro deixar o Kuwait: ‘Tenho filho pequeno’

Futebol e política se misturam? No Oriente Médio, sim. Pelo menos no quesito segurança, a tensão recente nas relações entre Estados Unidos e Irã trouxeram consequências para Lucão, ex-Goiás, que rescindiu o seu contrato com o Kuwait SC por medo dos conflitos. Aos 27 anos, o atacante contou sobre a tensão e a sensação de insegurança durante o período em que esteve no país.

– [O medo dos conflitos] Afetava no sentido de segurança, de se sentir sempre inseguro, de estar sempre alerta. Ultimamente estavam acontecendo muitas complicações por lá, os conflitos entre Estados Unidos e Irã. O Kuwait fica bem perto, qualquer bomba ou ação que acabasse acontecendo poderia respingar lá. Era uma sensação de insegurança muito grande o tempo todo – contou o atacante ao Extra.

Os temores recentes de um confronto entre o Irã e os Estados Unidos cresceram quando dois navios-tanques foram atacados perto do Estreito de Hormuz, uma rota marítima estratégica. O Irã negou participação e afirmou que violará o acordo nuclear em dez dias se a Europa não reagir à Donald Trump. Tais fatores foram determinantes para Lucão, que conta que pensou na esposa e no filho pequeno para tomar a decisão.

– Os companheiros de clube tentavam me acalmar em relação aos receios que eu tinha quanto à segurança. Ficava apreensivo o tempo todo. Afinal, tenho filho pequeno e esposa, eu não conseguia sair de casa para treinar ou viajar e ficar tranquilo. Isso acabou afetando muito a minha escolha de voltar ao Brasil. Não me adaptei ao clima hostil do país – declarou.

Sem clube e de férias, Lucão comparou o nível de futebol do país com o Brasil ao dizer que “eles não têm a mesma competitividade”. O atacante tem proposta para voltar ao futebol brasileiro e foi procurado pelo CSA. Além disso, recebeu sondagens do Internacional, da Chapecoense e do Goiás, clube onde chegou a ser vice-artilheiro da Série B, com 26 gols.

– Não me arrependo porque acredito que toda experiência seja válida para o crescimento pessoal e profissional. Foi um período que me trouxe conhecimento de uma cultura e de uma escola de futebol que eu não conhecia. Eles têm um ritmo muito diferente, pensam futebol de uma maneira diferente. O nível do futebol de lá é muito baixo, eles não têm a competitividade que temos aqui no Brasil – declarou, antes de falar sobre o Goiás.

– O Goiás foi um clube muito importante pra mim, onde vivi o melhor ano da mina carreira até agora. Conquistei grandes objetivos e tenho um carinho muito grande pela minha passagem. De volta ao Brasil, deixo para os meus representantes cuidarem dessa parte, mas tenho ótimas lembranças do esmeraldino.

Fonte: Extra

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