Líderes de facções criminosas ‘presos’ em operação atuavam dentro do presídio

Uma coletiva realizada no Auditório Procurador de Justiça Edgar Valente de Lima Filho, na sede do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), esclareceu detalhes da operação do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), que terminou com 26 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão cumpridos nessa quinta-feira (15), em oito municípios alagoanos.

João Urtiga/Alagoas 24 Horas

Coletiva ocorreu na manhã desta quinta-feira (15) no auditório do MP/AL

De acordo com o Delegado da Polícia Civil, Gustavo Henrique, quatro organizações criminosas foram desmanchadas com a ação policial. Ao todo, 16 acusados ainda estão foragidos dos 42 mandados de prisão expedidos pela justiça. O Delegado, no entanto, destacou que, dos quatro líderes de organizações que tiveram mandados de prisão expedidos contra eles, três já estavam presos, o que indica que eles continuavam atuando mesmo dentro do sistema prisional.

“Já perdi a conta de quantas vezes já cumprimos mandados de prisão contra a mesma pessoa que já está dentro do sistema prisional. Se a justiça expediu esses mandados é porque esse indivíduo continua atuando”, explica o delegado.

Durante a coletiva, o delegado chamou atenção para a necessidade de estratégias para reduzir de forma efetiva a comunicação de detentos com o meio externo. “O pessoal do sistema prisional já faz o que pode para evitar esse contato, mas é preciso o estado pensar em estratégias para diminuir ainda mais esse fato. Com isso, os índices de criminalidade que já estão sendo reduzidos, serão ainda mais”, aponta.

João Urtiga/Alagoas 24 Horas

Delegado Gustavo Henrique

As ações policiais ocorreram nos municípios de Maceió, São Miguel dos Milagres, Maragogi, Japaratinga, Paripueira e Passo de Camaragibe. Além dos presos, a operação apreendeu ainda 3 armas de fogo, cerca de 200 gramas de cocaína, 37 bombinhas de maconha, 224 gramas de maconha, 8 gramas de crack, mais 44 bombinhas de crack.

De acordo com o Gaeco, a operação é resultado de três Procedimentos Investigatórios Criminais (PIC) do próprio Gaeco e um inquérito policial do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil de Alagoas (Denarc). Em Alagoas, a operação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação aconteceu simultaneamente em mais oito estados do Brasil, são eles: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro.

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