Médico do HGE alerta sobre os riscos causados por descongestionantes nasais

Sesau

Em caso de obstrução das vias aéreas é procurar recomendável procurar um médico

O frio no período de inverno tende a aumentar as doenças respiratórias, que devem receber cuidados redobrados nessa estação do ano. É o período em que as narinas sofrem obstrução, incômodo amenizado de forma paliativa com o uso dos descongestionantes nasais. Mas, esses medicamentos, quando utilizados de forma indiscriminada, podem ser um risco à saúde do usuário.

O médico otorrinolaringologista do Hospital Geral do Estado, Floriano Peixoto, lembra que os descongestionantes nasais atuam à base de substâncias vasoconstritoras. Com isso, apesar dos efeitos, na maioria dos casos, se localizarem no nariz, têm suas substâncias absorvidas pelo organismo e causam uma contração nos vasos de todo o corpo.

“No caso de pessoas com cardiopatias ou vasos parcialmente entupidos, essa contração pode levar a uma parada cardíaca”, alertou o especialista. O uso do produto, que é vendido nas farmácias e drogarias sem prescrição médica, de acordo com o otorrinolaringologista do HGE, “também eleva os riscos de Acidentes Vasculares Cerebrais, além de provocar dependência”.

O médico explicou que esses produtos atuam na região do nariz causando alivio imediato, mas de curta duração. “Isso causa um efeito chamado de rebote, onde as mucosas nasais, que são irrigadas por vasos, retornam um pouco mais grossas que anteriormente, fazendo com que a pessoa tenha que uma utilizar uma dose cada vez maior para obter o mesmo efeito, que causa dependência”, alertou.

Outra recomendação do especialista às pessoas que costumam usar o medicamento com frequência, é que os portadores de cardiopatias, hipertensão, crianças e idosos não devem fazer uso desses produtos. “Os descongestionantes podem ser utilizados de forma segura em situações de extremo desconforto nasal por um período de no máximo cinco dias”, lembrou.

Uma alternativa eficaz para diminuir o problema de congestionamento nasal é a utilização de soro fisiológico várias vezes ao dia. “Isso mantém a umidade da região e ajuda a eliminar os agentes nocivos responsáveis pelo problema. E em casos mais graves é procurar um profissional otorrinolaringologista, que vai orientar qual produto é o mais adequado ao paciente”, ressaltou.

Fonte: Ascom/Sesau

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