Impasse com agentes do presídio do Agreste impede transferência de presos da Central de Flagrantes

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ônibus da PM seria usado na transferência de presos

A situação na Central de Flagrantes de Maceió continua complicada. Com um quadro de superlotação desde o final de semana, a expectativa era que os custodiados que tivessem as prisões cautelares definidas em audiência de custódia, fossem encaminhados ao presídio.

Um ônibus da Polícia Militar foi levado até a Central, no bairro do Pinheiro, nesta tarde, para realizar a transferência de alguns presos para o presídio de Segurança Máxima, em Girau do Ponciano. Já estava tudo pronto para a transferência, escoltada por uma equipe da Asfixia da Polícia Civil, mas no último momento o translado foi cancelado.

Segundo os policiais que estão na Central, os agentes penitenciários do presídio do Agreste informaram que não irão receber novos presos, conforme decisão tomada no final de semana, quando situação semelhante foi registrada.

Depois da recusa, os presos que estavam no ônibus da PM retornaram ao xadrez da Central, onde irão permanecer até que o Governo do Estado resolva o impasse.

Enquanto isso, na porta da delegacia, equipes da Polícia Militar estão se amontoando, à espera do auto de prião em flagrante delito. Uma equipe do 5º Batalhão, por exemplo, chegou ainda na madrugada de hoje com duas pessoas presas com drogas e armas, suspeitas de cometer assaltos na região do Colégio Dom Otávio Aguiar, no Benedito Bentes. Para esta equipe, o plantão que poderia ter terminado há aproximadamente 18 horas, ainda não acabou.

Delegacias Superlotadas

O assessor técnico da Casa de Custódia de Maceió, Marinaldo, informou que situação semelhante pode ser encontrada no Complexo de Delegacias Especializadas (Code) e na Delegacia do 8º DP, no Benedito Bentes. Ele conta que a situação começou a se complicar há cerca de duas semanas, quando tentaram fazer a remoção de presos para a Penitenciária de Segurança Máxima e não tinha vaga.

Desde então, estão fazendo a transferência para o presídio do Agreste, no entanto, no sábado (28) encontraram resistência por parte dos agentes que decidiram barrar a entrada de novos presos em virtude da paralisação da categoria.  “De lá para cá a situação na central só piorou. “Se a gente não cumprir a ordem judicial, a Polícia Civil pagará multa. Assim também quem permitir que a superlotação perdure também vai responder judicialmente”, argumenta.

Polícia Civil

“A Assessoria da Polícia Civil esclarece que a superlotação que afeta a Centra de Flagrantes 1, em Maceió, ocorre em face da paralisação deflagrada pelos funcionários do sistema penitenciário, desde a semana passada.

A paralisação impede a transferência dos presos para o referido sistema.

A coordenação da Central 1 informa que a solução encontrada foi a remoção dos presos para o presídio do Agreste, em Girau do Ponciano, o que ocorrerá ainda nesta segunda-feira (30).”

Seris

Até o momento a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) não se pronunciou sobre o fato.

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