Marinha contesta hipótese de pesquisadores da Ufal sobre responsáveis pelas manchas de óleo

A corporação emitiu uma nota de esclarecimento

Reprodução / TV Globo

Praia de Maragogi atingida por manchas de óleo

A Marinha do Brasil emitiu nesta segunda-feira (18) uma nota na qual descarta a hipótese apresentada por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) sobre a origem do óleo que vem atingindo o Litoral brasileiro desde o final do mês de Agosto. Os dados obtidos pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) foram encaminhados para a comissão do Senado Federal, que investiga o caso.

O relatório divulgado neste domingo (17) mostra uma extensa mancha de óleo a 26 km de distância do Litoral da Paraíba e aponta um novo suspeito – um navio cujo nome não foi revelado – como suposto responsável pelo vazamento do material químico, o que desmentiria a tese do Ministério do Meio Ambiente de que navios gregos contendo petróleo venezuelano são os responsáveis pelo desastre ambiental.

Leia Também: Laboratório da Ufal desmente Governo e aponta suspeito de derramar óleo no Nordeste

A nota diz que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) determinou, através do Centro de Hidrografia da Marinha, que a hipótese apresentada não geraria o espalhamento de manchas no sul do estado da Bahia e norte do estado do Espírito Santo e que nos outros estados, caso este fosse o responsável, as manchas teriam aparecidos bem antes do dia 30 de agosto, data quando foi registrado o primeiro aparecimento do material. A conclusão foi obtida após estudo das correntes oceânicas e simulações computacionais.

De acordo com os dados obtidos pelo Lapis, a tal embarcação teve um itinerário controverso entre os dias 1º de Julho a 13 de Agosto, período em que manteve seu transponder desligado, o que é considerado crime internacional.

Além disso, de acordo com a nota, o Ibama considerou, por meio de geointeligência, que não existem elementos científicos para afirmar que a feição linear escura encontrada nas imagens de radar
apresentadas pelo Lapis trata-se de vazamento de óleo, sendo provável que seja fenômeno natural formado pelo rastro de um navio.

A nota diz também que devido o “ineditismo dessa ocorrência exigiu o estabelecimento de protocolo próprio de investigação, demandando a integração e coordenação de diferentes organizações e
setores da sociedade, além de ampla troca de informações com organismos internacionais” e conclui informando que mais de 100 pesquisadores e cientistas de Universidades e Institutos de Pesquisa integram uma coordenação científica do GAA, com estudos e metas ações de curto, médio e longo prazo e que “Marinha do Brasil e demais colaboradores, nacionais e estrangeiros,
permanecerão conduzindo a investigação até que todas as questões envolvidas sejam elucidadas”.

 

Reprodução

Nota da marinha

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos