Dólar abre em alta e bate R$ 4,25

O dólar mantém a trajetória de alta nesta terça-feira (26), sendo negociado acima de R$ 4,25, após ter renovado na véspera maior valor nominal de fechamento da história, com os investidores reagindo a declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”.

Às 9h26, a moeda norte-americana subia 1,02%, a R$ 4,2549. Na máxima da sessão até o momento, chegou a R$ 4,2579. Trata-se da maior cotação intradia já registrada. O recorde anterior tinha sido registrado em 24 de setembro de 2015, quando bateu R$ 4,2484. Veja mais cotações

Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,5%, a R$ 4,2129. O recorde anterior de fechamento havia sido atingido na semana anterior, quando a moeda encerrou a sessão cotada a R$ 4,206. Na parcial de novembro, acumula alta de 5,07% sobre o real. No ano, o avanço até agora é de 8,74%.

Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, diante da redução da taxa básica de juros no país, o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”.

“Quando você tem um fiscal mais forte e um juro mais baixo, o câmbio de equilíbrio também ele é mais alto”, afirmou Guedes em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Washington.

O ministro frisou que o Brasil tem uma moeda forte e que flutuações no câmbio não são motivo de preocupação.

Incertezas externas e saída de dólares do país

O avanço do dólar nas últimas semanas acontece também em meio as incertezas em torno das negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, com o mercado em busca de sinalizações sobre um possível acordo para colocar fim à guerra comercial que se arrasta desde o começo de 2018.

Internamente, o mercado também reage ao movimento de saída de dólares do país,que enfraquece o câmbio. Em outubro, o déficit nas transações correntes chegou a US$ 7,9 bilhões, maior que os US$ 5,8 bilhões projetados pelo Banco Central (BC).

A menor oferta de moeda no país em meio a contínuas saídas de capital se tornou uma preocupação ainda maior depois da frustração do mercado com o leilão do excedente da cessão onerosa, no último dia 6, no qual praticamente apenas a Petrobras fez lances.

No dia 5 de novembro, o dólar havia encerrado em R$ 3,99 na venda. Desde então, a cotação disparou mais de 5%, em termos nominais.

Mesmo com o dólar em torno de recordes históricos, o Banco Central tem mantido a estratégia de intervenção no câmbio já em curso, sem anunciar leilões extras.

Fonte: G1

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