Grupo esquartejou advogado por não ter carro para desovar corpo

Corpo da vítima foi encontrado em três sacos dentro de uma casa no bairro Água Branca.

Ronaldo César Capelari desapareceu depois de sair para ir à academia em Araçatuba — Foto: Reprodução/TV TEM

O grupo preso suspeito de assassinar o advogado Ronaldo César Capelari, de 53 anos, em Araçatuba (SP), esquartejou a vítima porque não tinha carro para “desovar o corpo”, segundo informou o delegado responsável pela investigação do crime, Paulo Natal.

Três homens e uma mulher foram presos na quarta-feira (15) durante as investigações. O quinto suspeito de envolvimento no crime, namorado da mulher, foi preso na madrugada desta quinta-feira (16).

Segundo o delegado, o grupo iria usar a caminhonete da vítima para tirar o corpo da casa, mas desistiu após bater o veículo.

“Segundo a mulher, os três pretendiam ficar com a caminhonete para desmanchar e vender as peças, mas eles bateram o veículo. A gente acredita que eles iam desovar o corpo com a caminhonete e isso explicaria o sangue encontrado nela”, explica Paulo.

A caminhonete dele foi localizada com marcas de sangue na manhã de terça-feira (14), um dia depois do advogado desaparecer, em uma estrada de terra. O corpo foi encontrado na noite de terça-feira, em três sacolas que estavam dentro do banheiro de uma casa no bairro Água Branca.

“Em razão de baterem a caminhonete na garagem, acho que eles desistiram dessa conduta. O suspeito que confessou o crime à mulher disse que esquartejou a vítima porque os três não tinham mais um carro para tirar o corpo dali. Então, eles tirariam com a mão durante a noite, mas a polícia encontrou a casa antes”, complementa o delegado.

Investigação
Ronaldo desapareceu na noite de segunda-feira (13) depois de sair da casa onde morava para ir a uma academia de natação, informou a família.

De acordo com a Polícia Civil, a mulher de 24 anos foi identificada como a locatária da casa onde o corpo foi encontrado.

Após saber da investigação do crime, ela procurou a polícia, confessou que conhecia o advogado e o atraiu para o imóvel alugado por ela para que os três suspeitos roubassem o veículo dele.

Ao entrar na casa, Ronaldo foi surpreendido e reagiu. A jovem contou que deixou o imóvel aberto e não presenciou o crime.

Prisão
Depois de confessar a emboscada e relatar a participação dos três jovens, a polícia começou a fazer diligências e conseguiu encontrá-los no mesmo bairro em que o corpo foi localizado esquartejado.

“Um não quis falar nada, o outro negou veemente os fatos, e o terceiro contou que foi convidado para participar, mas não teria aceitado. Tudo indica que foi latrocínio, mas ainda estamos analisando as provas que confirmem o que a mulher disse”, conta Paulo.

Ainda de acordo com o delegado responsável pela investigação do crime, o advogado foi morto provavelmente com dois golpes na região da cabeça. Posteriormente, os suspeitos esquartejaram o corpo dele.

“Tudo indica que foi uma machadinha e uma faca. No banheiro, encontramos faca grande, faca pequena e até serrote que foi usado para esquartejar o corpo da vítima. Foi um crime hediondo”, diz Paulo.

Ronaldo foi velado e enterrado na tarde de quarta-feira, no Cemitério da Luz, em Araçatuba. Os suspeitos serão transferidos para um presídio em Nova Independência (SP). Todos poderão responder por homicídio e ocultação de cadáver. A Polícia Civil ainda continua investigando o caso.

Fonte: G1

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