Família alagoana é retirada de avião por causa de criança com doença rara

Menina precisou esperar por outra aeronave para poder fazer tratamento em São Paulo

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Uma família de Girau do Ponciano, no interior de Alagoas, viveu um constrangimento sem precedentes em um voo de Sergipe com destino a São Paulo, no último domingo (26). Os funcionários da empresa aérea retiraram a família de seus assentos e a impediram de viajar devido a uma doença rara da filha do casal.

O pai da criança conta que saíram de Alagoas para realizar o tratamento da menina no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ela sofre de uma doença rara chamada Ictiose, que apresenta sintomas como dor e pese escamosa, devido ao fato de estar extremamente seca. Ainda segundo o pai, todos os procedimentos de embarque no avião foram realizados até que, minutos antes de decolar, uma aeromoça pediu que a menor fosse retirada da aeronave sob a alegação de contagio.

Os pais da menina informaram que a doença não era contagiosa. Uma enfermeira, que estava entre os tripulantes da aeronave, interviu afirmando que a enfermidade, de fato, não era uma ameaça ao local, mas não foram ouvidos.

O comandante do avião, entretanto, insistiu que a família deveria sair do avião, alegou que estava seguindo as normas da Anvisa e ainda ameaçou acionar a Polícia Federal. Segundo a companhia aérea, a menina deveria ter um laudo médico atestando que a doença não seria contagiosa.

A família foi retirada do avião e precisou esperar mais algumas horas para conseguir sair do estado nordestino com direção ao sudeste.

Nota da Empresa

“A GOL esclarece que a menor e sua família tiveram o embarque negado no voo G3 1503 (Aracajú – Guarulhos), já que os mesmos não portavam atestado médico informando sobre a doença da criança como é recomendado pela ANAC. Seguindo as regras de segurança da ANVISA, a Companhia ofereceu todo o suporte necessário, como transporte de ida e volta até um hospital local, para que a família pudesse pegar um atestado liberando a menor para viagem e esclarecendo sobre o diagnóstico da doença, deixando claro que não se tratava de uma enfermidade contagiosa.

Após todos os esclarecimentos, a família seguiu viagem para São Paulo no voo G31501 (Aracajú – Guarulhos), às 11h20 desse domingo, 26. A GOL reforça que todo passageiro com doença infectocontagiosa ou genética deve apresentar um atestado médico que especifique a ausência de risco para contágio, como é recomendado pelos órgãos regulatórios. Tal procedimento visa garantir a segurança e saúde de todos os viajantes.”

Atualizada às 14h33.

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