Amostras de pacientes apodrecem no laboratório do Hospital da Mulher

Segundo a denúncia, faltam equipamentos e funcionários para realizar o trabalho, que se acumula no hospital.

Divulgação

Sindicato encaminha denúncia contra Hospital da Mulher ao MPE/AL

O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem no Estado de Alagoas (Sateal) recebeu denúncia de que órgãos e fragmentos de matéria orgânica retirados de pacientes para realização de biópsias estão apodrecendo dentro do laboratório do Hospital da Mulher, em Maceió.

Segundo a denúncia, encaminhada a Procuradoria do Trabalho e ao Ministério Público Estadual, parte desses materiais foram recolhidos durante os mutirões de cirurgias realizados pelo governo do estado e há mais de um mês estão acondicionados em caixas térmicas, pelas bancadas e até no chão do laboratório.

O laboratório também é responsável pelas demandas da Maternidade Santa Mônica e do próprio Hospital da Mulher, mas não tem conseguido armazenar os materiais adequadamente e nem realizar as investigações por falta de equipamentos, insumos e de pessoal para dar conta da demanda.

O resultado dessas investigações clínicas é aguardado pelos pacientes e familiares para fechar diagnósticos e dar sequência aos tratamentos de saúde. Eles ligam todos os dias, e a equipe precisa ter sempre uma desculpa para explicar o que não está sendo feito.

Assessoria/Sateal

Sindicato encaminha denúncia contra Hospital da Mulher ao MPE/AL

“Apenas dois técnicos e 1 biomédico estão escalados nos plantões noturnos e finais de semana. Esses horários são tão intensos quanto os dias e horários comerciais. Eles passam a noite recebendo chamados para recolher material das duas unidades. Cabe a quem recolhe a análise do material e a função administrativa, uma vez que é o próprio técnico quem precisa fazer o cadastro de cada paciente, digitar o resultado de cada um dos exames e depois liberar no sistema”, explica o presidente do Sindicato.

A precariedade no trabalho do laboratório é resultado da transferência ou desistência dos profissionais que fizeram processo seletivo e ainda dos próprios servidores do estado que se recusaram a trabalhar em condições tão precárias.

“Falta desde o material de almoxarifado e papelaria, até reagentes e equipamentos especializados na área de microbiologia para análise dos materiais recolhidos. Há insumos com data de validade vencida. Por isso pedimos ao Ministério Público que investigue e obrigue o estado a corrigir a situação imediatamente”, acrescentou Mário Jorge.

Nota da Sesau

“O Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira informa que a denúncia de que órgãos e pedaços de matéria orgânica retirados de pacientes para realização de biópsias estão apodrecendo dentro do laboratório da unidade hospitalar não procede. Isso porque, os mesmos estão sendo encaminhados ao Centro de Patologia e Medicina Laboratorial (CPML) – unidade de apoio assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), localizada no bairro Trapiche da Barra, em Maceió -, de modo natural, a fim de que os exames solicitados sejam realizados.”

 

Fonte: Assessoria/Sateal

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos