A história de vida de dezenas de famílias alagoanas, que foi revirada após o afundamento do solo na região do Pinheiro, Bebedouro e Mutange, teve mais um capítulo dramática nesta terça (7) com a demolição de quatro prédios do Conjunto Jardim Acácia.
A medida foi adotada pelo Município devido ao risco iminente de tombamento das estruturas, constatada em relatório técnico da Coordenadoria Especial Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) que recomenda a demolição devido ao período chuvoso, que pode agravar o problema e trazer risco à população. Nesta primeira etapa, serão demolidos os blocos 7, 8, 9 e 15.
Segundo Arthur Rodas, diretor de planejamento e redução de risco da Defesa Civil de Maceió, os prédios demolidos foram os que sofreram mais severamente com os afundamentos, são quatro prioritários devido ao risco de colapso. Cada bloco é composto por dois prédios, com 12 unidades cada um. Rodas esclareceu, ainda, que a Defesa Civil segue avaliando outros imóveis, caso haja a necessidade de outras demolições em decorrências das fissuras.
Pelo cronograma, as demolições acontecem de forma gradativa, iniciando hoje pelo bloco 8, no dia 14 com a demolição do bloco 15, seguindo no dia 22 com a demolição do bloco 7 e no dia 30 com a demolição do bloco 9. A previsão de conclusão do cronograma, com a limpeza da área e retirada do isolamento, é o dia 5 de maio. O serviço será executado por empresa de engenharia contratada pela Braskem, dentro das ações previstas no termo de cooperação.
Serviços
Durante a ação de demolição, o comércio localizado no trecho que será interditado na Rua Manoel Menezes (Supermercado Pilar e Farmácia do Trabalhador) continuará funcionando normalmente, afetando apenas o estacionamento dos estabelecimentos.
Os órgãos prestadores de serviços de energia, abastecimento de água e esgoto e gás também foram informados sobre a ação de demolição. A intenção é que estes serviços não sejam afetados durante o processo de demolição.
Interdição
Os blocos 7, 8, 9 e 15 do Conjunto Habitacional Jardim Acácia estão desocupados desde janeiro de 2019, quando os moradores foram inseridos na Ajuda Humanitária do Governo Federal. De acordo com a empresa Braskem, a quase totalidade dos moradores desses imóveis foi contatada para dar início à etapa de indenização, com base nas informações disponíveis no cadastro da Ajuda Humanitária.
