Entenda como fica a situação de Ronaldinho Gaúcho após pagar fiança e deixar a prisão no Paraguai

Globo News

Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário Roberto Assis foram transferidos na noite de terça-feira ao hotel onde vão cumprir prisão domiciliar em Assunção após terem ficado presos por um mês na sede do Grupamento Especializado da Polícia Nacional do Paraguai sob a acusação de terem entrado no país com passaportes falsos.

A medida judicial que autorizou a prisão domiciliar dos dois irmãos foi assinada poucas horas antes por um juiz de garantias em uma audiência no Palácio da Justiça da capital paraguaia e após eles depositarem em um banco estatal, por meio de seus advogados, uma fiança de US$ 1,6 milhão.

Duas viaturas da polícia levaram Ronaldinho e Assis ao Hotel Palmaroga, um dos melhores da cidade e que fica na região do centro histórico. Devido às restrições à circulação de pessoas em função da pandemia do novo coronavírus, apenas um grupo de jornalistas aguardava a chegada do ex-craque do Barcelona, sem concentrações de fãs.

Ronaldinho e Assis haviam deixado poucos minutos antes a sede do Grupamento Especializado, que fica a sete quarteirões do hotel onde eles ficarão sob custódia policial e em quartos separados, além de proibidos de sair do Paraguai. O tempo máximo para prisão preventiva no país é de seis meses, embora não se descarte a possibilidade de que o caso tenha outra guinada favorável aos dois irmãos.

Após a audiência no Palácio da Justiça, o juiz criminal de garantias Gustavo Amarilla argumentou que a situação de Ronaldinho e Assis mudou “com base nos procedimentos do Ministério Público”, que “não encontrou até hoje nenhum ato punível para estender contra eles o uso desses documentos públicos com conteúdo falso”.

Na segunda semana de março, o próprio Amarilla havia rejeitado o primeiro pedido dos advogados para que os dois irmãos fossem libertados ou colocados em prisão domiciliar em uma mansão avaliada em US$ 800 mil.

Amarilla justificou a recusa na época pelo risco de fuga dos brasileiros e pelas dimensões políticas do caso, que atingiu funcionários da Direção de Migração e do Departamento de Identificação, que emite passaportes e carteiras de identidade do país.

Os dois irmãos completaram um mês de prisão preventiva na segunda-feira. Eles são acusados de entrar no Paraguai com passaportes falsos do país no Aeroporto Internacional de Assunção no dia 4 de março. Esse procedimento foi realizado por funcionários do aeroporto, já que os irmãos esperavam o processo em uma sala VIP.

Eles tinham ido ao país para inaugurar um cassino, apresentar um livro autobiográfico e depois apoiar uma fundação que organizou um programa de assistência social para crianças no Paraguai.

A fundação é presidida pela empresária paraguaia Dalia López, que recebeu o ex-jogador no aeroporto e está atualmente foragida e é alvo de um mandado internacional de prisão.

Advogados da empresária disseram que ela solicitou passaportes paraguaios para os dois irmãos através de uma agência privada e que não é responsável pelo fato de eles serem falsos. A defesa de Ronaldinho alega que esses documentos foram um presente ao qual os dois irmãos, que estavam interessados em montar negócios no Paraguai, não deram muita importância. A acusação contra os brasileiros é a de utilização de documentos públicos com conteúdo falso, cuja pena máxima é de cinco anos de prisão.

Fonte: FOX Sports

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