Conexão 5G na Europa e Reino Unido será adiada em meio à pandemia

Huawei

É fato notório que as pessoas já utilizam mais o celular do que computadores para acessar a internet, seja para acessar as redes sociais, e-mail, whatsapp e muitos outros aplicativos. Por este motivo, a internet 4g precisa ser melhorada. Para isso a conexão 5g surge como a próxima geração de conectividade de internet, que promete muitos benefícios em relação às tecnologias atuais. Muito mais do que downloads mais rápidos, a conexão 5g vai ser primordial em futuro breve onde onde trilhões de dispositivos estarão permanentemente conectados à rede, entre drones, carros autônomos, lâmpadas, sua geladeira, cafeteira e outros equipamentos.

A era do 5G começou há cerca de um ano em várias partes dos Estados Unidos e na Coreia do Sul. Na Europa os testes vinham sendo feitos e a previsão de lançamento era para este ano. Em 2019 a Qualcomm havia anunciado a expansão de seu centro de desenvolvimento no Reino Unido para acelerar os testes para implementação da tecnologia 5G mmWave na Europa.

Mas infelizmente esse cenário mudou e aimplantação de redes móveis 5G na Europa “certamente será adiada” pelo surto de coronavírus, segundo a gigante tecnológica Huawei. A empresa chinesa é um dos principais fabricantes de equipamentos essenciais para a existência das redes 5G. A Huawei disse que continuar com a implantação do 5G é a melhor maneira de garantir a conectividade durante a crise.

Porém, o executivo sênior Eric Xu também disse aos repórteres que os atrasos podem durar até “o momento em que a pandemia for controlada”. Respondendo a perguntas sobre seu relatório anual publicado na terça-feira, o vice-presidente da Huawei, Victor Zhang, disse que o atraso na implantação da rede “definitivamente” teria um impacto, mas não seria tão significativo no Reino Unido quanto no resto da Europa.

A prioridade era garantir que a rede existente fosse confiável, pois as pessoas a estavam usando para trabalhar, se divertir e estudar enquanto permanecem em casa, disse ele. Mas, dada a demanda pela largura de banda e melhor cobertura, “a maneira mais rápida é usar a implantação 5G”. Zhang continua, dizendo que “precisamos acelerar a largura de banda para garantir que todos possam trabalhar, entreter-se e compartilhar informações”.

É sabido que, em meio à crise mundial sem precedentes provocada pelo novo coronavírus, o isolamento social de milhões de pessoas em todo o mundo é um desafio para os provedores de internet. A população nunca usou tanto as conexões, e de uma só vez, para solicitar alimentos, assistir a séries, fazer download de vídeos, cursos, filmes, para videoconferências, jogos online, e até para apostas esportivas – visto que a recomendação é clara: ficar em casa.

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Papel limitado à empresa Chinesa

Zhang também apontou para as áreas rurais em particular, onde a cobertura de banda larga móvel existente “não é boa o suficiente” para apoiar as pessoas que trabalham em casa. “Por outro lado, [devemos] considerar a questão da saúde e segurança, especialmente para proteger nossos funcionários e parceiros”, disse ele. Antes da crise, o papel da Huawei nas redes 5G da Europa era profundamente controverso.

O Reino Unido decidiu conceder à empresa chinesa um papel limitado, e a França e a Alemanha pareciam seguir um caminho semelhante. Porém, a pressão dos EUA e de alguns políticos do Reino Unido estava aumentando. Agora, apesar de admitir que haverá alguns atrasos na implantação do 5G, a Huawei insistiu que eles serão mínimos –  e parece pensar que nada realmente mudou.

A equipe de manutenção da Huawei foi designada como trabalhadores essenciais no Reino Unido, disse Zhang, o que significava que eles poderiam continuar fazendo reparos – mas também contribuir para o lançamento de novas estações base 5G. E a empresa havia colocado muitas peças de reposição extras em três armazéns do Reino Unido quando o vírus eclodiu na China, para garantir que sua cadeia de suprimentos sofresse o menor impacto possível.

Xu disse que a China acelerou sua implantação de 5G depois que o número de casos do Covid-19 diminuiu – mas em outros países, isso dependeria “de vários fatores”, incluindo se as empresas de telecomunicações teriam orçamento e recursos para “recuperar o tempo” ” perdido.

Fonte: Assessoria

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