Oposição diz que kits do Covid anunciados pelo Governo não chegaram ao Lacen

Davi Maia voltou a atacar governador Renan Filho em sessão na ALE

O governador Renan Filho (DEM) voltou a ser criticado pela oposição em pronunciamento durante a sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Na manhã desta terça-feira (5), o deputado Davi Maia (DEM) voltou a denunciar o emedebista sobre supostas irregularidades no Laboratório Central de Alagoas (Lacen).

De acordo com o parlamentar, Alagoas não recebeu os 960 kits de PCR Coronavírus, que são os exames que resultam no diagnóstico da doença. Em sua fala, Maia apresentou e-mails que teriam sido enviados por uma assessora técnica do Lacen à Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) 12 dias após a data em que Renan Filho anunciou a chegada dos testes.

“Estamos sem kits para testar as amostras. Solicitamos previsão de recebimento da nossa remessa, assim como a quantidade que será disponibilizado para a organização dos serviço”, falou o deputado citando o que teria sido escrito pela servidora do Lacen.

Ainda de acordo com o deputado, os 960 kits proporcionariam ao Estado a capacidade de realizar 22.080 testes do novo coronavírus, o que não teria acontecido ainda.

“Só pra vocês entenderem, cada kit deste são feitos até 23 exames, ou seja com 960 kits poderíamos fazer 22.080 exames, coisa que não aconteceu nem hoje com a remodelação do Lacen”, disparou.

FAVORECIMENTOS EM EXAMES

O deputado finalizou seu pronunciamento afirmando que recebeu denúncias que o Lacen estaria favorecendo pessoas ligadas a Renan Filho. Segundo Maia, os exames de pessoas como o secretário da Fazenda, George Santoro, tiveram resultados em apenas um dia e que o primo do governador, o prefeito de Murici, Olavo Neto, teria passado na frente dos exames de pessoas que teriam prioridade na fila. O parlamentar pediu que a Sesau publique uma portaria regulamentando a espera dos resultados.

“Que seja publicada uma portaria da Sesau regulamentando a fila, para que não exista fura fila e ela existiu. Tenho aqui as conversas de WhatsApp que estarão sendo anexadas ao processo, ou a comparação de exames de uma senhora que levou 30 dias para receber o exame ou de uma enfermeira que levou 15 dias com o do Secretário George Santoro, que não atende as necessidades para prioridade, mas recebeu no mesmo dia. A bandeja de numero 52 do dia 23 de abril, ela só trás uma prioridade, o prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima, mas a prioridade foi a do primo do governador, o prefeito Olavo Neto”, finalizou.

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