A população do interior de Alagoas está sentindo dificuldades de acesso aos serviços de saúde voltados a pacientes com suspeita de Covid-19. É o caso de uma moradora de São José da Tapera, no sertão alagoano, cujo nome será preservado a pedido da família, por causa do preconceito da comunidade.
Ela conta que começou a sentir os sintomas no Dia das Mães. Foi ao hospital municipal Enio Ricardo Gomes, no Centro da cidade, avaliada e liberada pelo médico com uma lista de medicação, que comprou na farmácia. No local foi orientada por uma enfermeira a esperar cerca de 10 dias para fazer o teste para Covid-19 e a ficar em casa, em total isolamento.
De lá para cá, a paciente piorou consideravelmente. Ela entrou em contato com o hospital, informou que seus sintomas haviam piorado, mas não foi internada, nem tampouco foi submetida à exame para saber se estava com coronavírus. Além disto, foi informada por uma funcionária do hospital que seu prontuário havia sido perdido.
Uma amiga, com quem esteve antes de começarem os sintomas, foi diagnosticada e hospitalizada. Agora, totalmente debilitada, a paciente sequer consegue andar e apresenta uma complicação respiratória, conforme explicou seu irmão, em entrevista ao Alagoas 24 Horas.
A família destaca que procurou a secretaria de saúde sem sucesso e deseja que a mulher seja diagnosticada e tratada, seja qual for o problema.
Segundo dados do boletim epidemiológico da Sesau, até o momento há oito casos confirmados da doença na cidade de São José da Tapera. No entanto, a população não descarta que os números possam ser muito maiores devido à subnotificação.
A redação deste portal entrou em contato com o secretário de saúde do município, por telefone, mas era fora de área.
