Após se envolver em acidente, ex-BBB Diego Alemão é indiciado por lesão corporal e embriaguez ao volante

Ele também vai responder pelos crimes de desacato e ameaça. Acidente aconteceu no dia 18 de abril, em Curitiba.

O ex-BBB Diego Gásquez, conhecido como Diego Alemão, que se envolveu em um acidente, em Curitiba, foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal consumada, ameaça, embriaguez ao volante e desacato.

Ele foi preso no dia 18 de abril, quando ocorreu o acidente, e solto um dia depois após pagar fiança de R$ 7 mil.

O inquérito foi concluído na quarta-feira (20) e assinado pelo delegado Leonardo Bueno Carneiro.

A batida
O acidente aconteceu na Rua Alencar Guimarães , no bairro Santa Quitéria, e envolveu o carro do ex-BBB e do motorista de aplicativo Fábio Reis Rosário.

Quando os policiais chegaram ao local da batida, Alemão se recusou a fazer o teste do bafômetro. O delegado Leonardo Carneiro disse que o ex-BBB deu um soco no motorista de aplicativo e desacatou a equipe.

O motorista Fábio Rosário disse que o carro dele estava estacionado aguardando ser chamado para corridas, quando foi atingido pelo veículo de Diego Alemão. Ele também relatou que Diego insistiu para que a polícia não fosse chamada, e o agrediu no rosto.

Quando os policiais chegaram ao local do acidente, Alemão se recusou a fazer o teste do bafômetro. Em um áudio, um policial militar que atendeu o ocorrido contou sobre as ameaças e desacato. “Ele não atendeu de forma educada a todo momento que eu e meu companheiro de equipe pedimos”, relatou.

“Portanto, excelência, não restam dúvidas que as condutas praticadas por Diego Bussolotti Gasques se enquadram perfeitamente nos artigos 306 da Lei 9.503/97 c/c artigos 129, 147 e 331, todos do Código Penal, razão pela, nesta oportunidade, promovo o indiciamento do acusado nas iras dos citados dispositivos”, disse o delegado ao concluir o inquérito.

O caso agora segue para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), que deve decidir se oferece ou não denúncia.

Suspeita de extorsão
No dia 22 de abril, três homens suspeitos de extorquir Diego Alemão foram presos. A polícia informou que os três procuraram a defesa de Alemão e exigiram R$ 50 mil para não expor novos vídeos e também se propuseram, com o pagamento, a testemunhar a favor do ex-BBB, conforme a defesa dele preferisse.

Os três suspeitos são Daniel Alves, testemunha que gravou os vídeos da prisão de Diego, e os advogados Maurício Tesserolli e Walter Fontes. Eles deixaram a prisão dois dias depois.

Diego procurou a polícia para abrir um Boletim de Ocorrência (B.O.) sobre o caso.

Na decisão pelo indiciamento, o delegado Leonardo Bueno Carneiro disse que, embora ainda não tenha obtido êxito na obtenção de imagens de câmeras de segurança no dia acidente, os vídeos feitos por Daniel Alves “são suficientes para comprovar a materialidade dos delitos apurados”.

Daniel, Maurício e Walter “devem ser autuados em flagrante por extorsão e, possivelmente, por fraude processual e associação criminosa”, segundo o delegado.

O outro lado
A advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa de Diego Alemão, disse que tem amplas e vastas provas da inocência de Diego e de todos os crimes a ele imputados.

“O que se tem é uma falsa representação da realidade analisando o comportamento de uma pessoa que está revoltada com os fatos confundindo essa exaltação de ânimo com embriaguez ao volante”, disse o advogado.

A defesa de Daniel Alves, representada pelo advogado Ygor Nasser Salah Salmen, declarou que a gravidade dos atos praticados por Diego Alemão colocaram em risco toda a sociedade e que houve má fé por parte dele sobre as acusações contra Daniel e também o advogado Maurício Tesseroli.

O advogado de Walter Fontes, Herbert Rehbein, disse que irá provar a inocência do suspeito “e procurar apurar quem é o responsável pela fraude”.

O G1 tenta contato com a defesa do motorista Fábio Reis Rosário.

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