Arthur Lira se defende de acusações da PGR e atribui caso a ‘vingança’ de doleiro

CNN Brasil

O deputado federal Arthur Lira (PP) se defendeu das acusações de corrupção passiva nessa sexta-feira (5). O parlamentar foi denunciado pelo procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Lira está sendo acusado de receber R$ 1,6 milhão da empreiteira Queiroz Galvão, em troca do apoio do PP à manutenção do então diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

A acusação surgiu no início da Operação Lava Jato, a partir da delação premiada do doleiro Alberto Youssef. A denúncia é assinada pela subprocurador-geral da República Lindôra Maria Araújo, coordenadora da Lava Jato na PGR.

Ao Alagoas 24 Horas, Arthur Lira afirmou que em depoimentos colhidos pela Polícia Federal nos anos de 2018 e 2019, um assessor de Youssef – Carlos Alexandre de Souza Rocha – afirmou que não entregou a quantia ao deputado alagoano.

“Com relação a essa denúncia, foi um inquérito aberto pelo Janot [ex-PGR] que me denunciou por organização criminosa e ele abriu um inquérito porque o Youssef falou diversas coisas contra mim. Mas em depoimento de um dos assessores do Youssef, ele falou que nunca me deu dinheiro e nem reconheceu nenhum dos meus assessores”, afirmou Lira.

Por meio de nota, o advogado do deputado, Pierpaolo Bottini, afirmou que – ao contrário do que contém na denúncia da PGR – Lira assumiu a liderança do PP e garantiu os afastamentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef do partido. Segundo o parlamentar, os depoimentos do doleiro foram motivados por vingança política.

CONFIRA NOTA ABAIXO NA ÍNTEGRA

Arthur Lira fez parte de um grupo que assumiu a liderança do PP e afastou Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef do partido. Fato já provado e que explica a inimizade dos colaboradores e suas reiteradas tentativas de envolver o parlamentar em ilícitos dos quais não participou.

O doleiro diz que Arthur Lira recebeu indevidos valores por meio de um operador chamado Ceará, mas esse último – também colaborador – desmente tal versão em dois depoimentos. O próprio STF reconheceu as inverdades de Youssef em outros depoimentos contra a Arthur Lira. Fundamentar uma denúncia nas palavras desse doleiro é premiar um ato de vingança contra alguém que se postou contra suas práticas.

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