Em AL, três em cada cinco pessoas com 25 anos ou mais não completaram o ensino médio

Apesar da proporção de pessoas de 25 anos ou mais com ensino médio completo ter crescido em Alagoas, passando de 30,9% em 2016 para 33,7% em 2018 e 35% em 2019, cerca de três em cada cinco adultos (65%) não concluíram essa etapa educacional. É o que mostra o módulo Educação, da PNAD Contínua 2019, divulgado nesta quarta-feira (15) pelo IBGE.

No Nordeste, três em cada cinco adultos (60,1%) não completaram o ensino médio. Entre as pessoas de cor branca, 47,1% tinham concluído esse nível em Alagoas, enquanto essa proporção foi de 31% entre pretos ou pardos.

Os dados foram obtidos através de um módulo especial sobre educação, pesquisado de forma mais abrangente desde 2016 na Pnad Contínua durante o segundo trimestre de cada ano civil.

Taxa de analfabetismo sofre queda nos grupos de idade mais jovens e também nos mais velhos

Os resultados da pesquisa revelaram ainda que a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais em Alagoas caiu ao longo dos últimos anos, passando de 19,4% em 2016 para 17,1% em 2019. Em números absolutos, eram 485 mil e passaram a ser 443 mil. Mesmo assim, o estado segue na liderança nacional nesse indicador.

Os índices se tornam maiores na medida em que as idades das pessoas avançam, tanto em Alagoas quanto no Brasil, o que revela, de um modo geral, que quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em Alagoas, entre as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo vem caindo desde 2016, saindo de 46,1% para 41% em 2019, sendo a terceira maior do país percentualmente, à frente do Piauí (41,3%) e Maranhão (45,9%).

Analisando os dados sob a ótica do sexo, a pesquisa revela que a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais em Alagoas era maior entre os homens (18,1%) em relação às mulheres (16,3%) em 2019. O padrão se repete entre as pessoas com 60 anos ou mais, com uma taxa de 42,6% para os homens e 39,8% para as mulheres.

Taxa de analfabetismo dos pretos e pardos é 6,3 p.p maior que a dos brancos

A maior diferença na taxa de analfabetismo é observada na análise por cor ou raça. Em 2019, a taxa para as pessoas brancas de 15 anos ou mais era de 12,3%, contra 18,6% para as pessoas pretas ou pardas.

A disparidade se acentua entre as pessoas de 60 anos ou mais, cujas taxas eram de 27,5% para os brancos e de 45,7% para pretos ou pardos.

Cresce número de pessoas com superior completo e cai o de sem instrução e fundamental incompleto

Quando analisado o nível de instrução, os dados revelaram que entre as pessoas com 25 anos ou mais de idade houve queda percentual entre aqueles sem instrução e fundamental completo, passando de 58,2% em 2016 para 54,1% em 2019. Por outro lado, houve aumento percentual entre aqueles com ensino superior, saltando de 8,5% em 2016 para 11,8% em 2019.

Enquanto 9,9% dos homens com 25 anos ou mais de idade tinham ensino superior completo em 2019, o percentual era de 13,4% entre as mulheres.

Proporção de brancos com ensino superior é mais de duas vezes maior em relação aos pretos ou pardos A diferença no nível de instrução também é maior sob o critério cor ou raça, embora a proporção tanto de brancos como de pretos ou pardos com ensino superior venha aumentando desde 2016. Enquanto 21,3% dos brancos com 25 anos ou mais tinha ensino superior em 2019, o percentual era de 8,7% entre as pessoas pretas.

Por outro lado, o percentual de brancos com 25 anos ou mais sem instrução e fundamental incompleto era de 43% em 2019, enquanto entre as pessoas pretas ou pardas era de 57,7%.

Taxa de escolarização sofre queda, especialmente entre as mulheres de 18 a 24 anos

A taxa de escolarização, isto é, a proporção de estudantes de determinada faixa etária em relação ao total de pessoas dessa mesma faixa, sofreu queda em Alagoas entre 2016 e 2019, passando de 30,6% para 28,8%. Embora a taxa de escolarização tenha crescido para os grupos de 0 a 5 anos, 4 e 5 anos e 6 a 14 anos, a queda foi impulsionada sobretudo por aqueles de 18 a 24 anos. Neste grupo, enquanto houve estabilidade para os homens, observou-se uma queda para as mulheres.

Fonte: IBGE

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