Julgamento sobre afastamento do juiz Braga Neto é suspenso por pedido de vista

O julgamento que iria decidir pela manutenção, ou não, do afastamento do juiz José Braga Neto de suas atividades jurídicas, foi suspenso na manhã desta terça-feira (29) após pedido de vista feito pelo desembargador Celyrio Adamastor. A sessão administrativa do Pleno do Tribunal de Justiça investigava a conduta do magistrado quanto às acusações de promoção de tráfico de influência e eventual extorsão com os apenados do sistema prisional alagoano.

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O corregedor-geral da Justiça de Alagoas, Fernando Tourinho, votou pela manutenção do afastamento do magistrado e propôs a instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) em desfavor dele. Adiantaram o voto, acompanhando o relator, os desembargadores Domingos Neto, Otávio Praxedes, Alcides Gusmão, Paulo Lima, João Luiz Lessa, José Carlos Malta, Sebastião Costa e Washington Luiz.

“Evidenciadas nos autos as condutas perpetradas pelo Juiz de juntamente com seu filho supostamente promover tráfico de influência e eventual extorsão com os apenados do sistema prisional e considerando a existência de elementos concretos da sua possível participação nesse esquema, inclusive delatado pelos demais Juízes que estão a frente da 16ª Vara Criminal da Capital Execuções Penais”, colocou o corregedor-geral em trecho da decisão.

A defesa de Braga Neto, feita pelo advogado Luiz Medeiros, apelou para o histórico do juiz e afirmou que ele teria perdido sua liberdade e privacidade após as acusações. A defesa disse ainda que existem depoimentos de policiais e apenados que apontam o não envolvimento do juiz em tráfico de influência.

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