Bicho-Preguiça é encontrado atravessando rodovia federal

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Na manhã deste sábado (26), durante patrulhamento na BR 104, sentido Messias, a guarnição de FORÇA TAREFA 01 do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) se deparou com um Bicho-Preguiça no meio da rodovia. Os militares resgataram o animal e encaminharam ao IBAMA, em Maceió.

Os bichos-preguiça são animais encontrados somente nas Américas, divididos em duas famílias: a Bradypodidae, que contém preguiças-de-três-dedos; e a Megalonychidae, com dois dedos. Ao todo, são seis espécies, cinco encontradas no Brasil.

São animais noturnos, de porte médio, apresentando em torno de oito quilos de massa e corpo com aproximados sessenta centímetros. Assim, ele é curto, tal como a cabeça e cauda, mas seus membros são compridos. Graças às oito ou nove vértebras cervicais que possuem, podem girar a cabeça em 270 graus, sem movimentar o restante do corpo.

A coloração varia entre o cinza e o marrom, com presença ou não de manchas, que podem ser claras ou escuras. Em seus pelos podem ser encontradas algas verdes e cianofíceas, que ajudam na sua camuflagem, e também servem de alimento para lagartas de algumas espécies de mariposas que vivem associadas às preguiças.

Graças às suas longas garras, vivem penduradas na vegetação, geralmente em copas de árvores, alimentando-se de folhas, frutos e brotos, novos, de espécies como embaúbas (Gênero Cecropia), ingazeiras (Gênero Inga) e figueiras (Gênero Ficus); encontradas em seu território. A reprodução também ocorre nas copas das árvores, dando origem a um único filhote, que poderá viver em torno de trinta e cinco anos. A água que o organismo das preguiças precisa é retirada de seus alimentos e do orvalho contido ali, uma vez que tais animais não ingerem essa substância.

Os bichos-preguiça não costumam utilizar suas garras para outros fins, uma vez que são animais pouco ágeis e muito lentos; características estas que, juntamente com o hábito de dormirem aproximadamente 14 horas por dia, lhes rendeu este nome. Assim, recorrem à camuflagem para não serem percebidos por seus principais predadores: onças, algumas serpentes e o gavião-real. Como os filhotes são carregados pelas mães, em suas costas, durante aproximadamente os seus nove primeiros meses de vida, tal comportamento confere proteção adicional a estes indivíduos, mais vulneráveis.

No entanto, o que fornece risco real para o declínio de populações de bichos-preguiça são as intervenções humanas, principalmente a destruição de habitats, a caça, e a captura para o comércio clandestino. Graças a tais fatores, existe uma espécie de preguiça ameaçada de extinção e outra criticamente ameaçada.

Fonte: TV Liberdade AL

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