O caso de uma adolescente de 15 anos, que denunciou ter sido assediada sexualmente, em uma clínica médica, na parte baixa de Maceió, foi formalmente denunciado à Polícia Civil, nesta sexta-feira, 8. O pai da garota esteve na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, na companhia de uma advogada para prestar queixa e pedir a apuração do caso. O que o pai quer é que o homem, que já está identificado, seja punido pelo crime de assédio.
O caso ganhou repercussão ainda ontem quando a adolescente publicou em suas redes sociais um vídeo no qual o homem aparece lhe assediando na sala de espera da clínica, onde ela aguardava a mãe sair de uma consulta. O vídeo não está completo porque somente no final da conversa ela lembrou que gravar, tamanho nervosismo. Mas posteriormente gravou outro vídeo contando como se sentiu diante da situação. “Foi horrível, sério! Eu me senti como se fosse um pedaço de carne e ele pudesse fazer o que quiser”, disse em um trecho do vídeo. Ela conta que sempre se perguntou de que forma reagiria em casos como este e não imaginou que se sentiria tão desconcertada tendo que lidar com um homem que ainda tentou ver debaixo do seu vestido.
Indignado com a situação, o pai disse que espera que o homem pague pelo crime cometido. “Como ocorreu com a minha filha, outras pessoas também podem ser vítimas. Este homem tem ser parado pela Justiça. Não é porque ele pertence a uma classe social mais alta que vai se livrar das penalidades”, disse o pai, que não terá o nome divulgado para não identificar a menor.
O pai da vítima disse ainda que a garota foi criticada por várias pessoas nas redes sociais que insinuaram que ela respondeu à paquera. “Não houve uma paquera e sim um crime. Não julgue, mas tente analisar o caso de forma completa. Poderia ter acontecido uma coisa pior”, ressaltou.
O caso está sendo acompanhado pela Associação AME que acolhe pessoas vítimas de violência.
