Paes exonera secretário condenado por falsificar assinatura da própria mãe em cheque

Dalmasso pediu para sair um dia após reportagem do RJ2 mostrar que ele teve condenação com trânsito em julgado há menos de 8 anos, o que contraria decreto de Paes.

Fabio Dalmasso, à direita, durante a posse como secretário de Habitação — Foto: Reprodução/TV Globo

Foi publicada no Diário Oficial do Rio, desta quinta-feira (14), a exoneração de Fábio Dalmasso, da Secretaria Municipal de Habitação. Para ocupar o cargo na secretaria, o prefeito Eduardo Paes nomeou o vice-prefeito Nilton Caldeira.

Dalmasso pediu exoneração do cargo nesta quarta-feira (13), um dia após reportagem do RJ2 mostrar que ele foi condenado e chegou a cumprir pena há menos de 8 anos por um crime contra a fé pública, ao falsificar a assinatura da própria mãe em um cheque.

Um decreto publicado pelo prefeito Eduardo Paes no primeiro dia de seu mandato, em 1º de janeiro, determina que todos os ocupantes de cargo comissionado devem declarar na posse não ter nenhuma condenação transitada em julgado.

“Tem regra, tem que ser cumprida. Lamento, desconhecia o trânsito em julgado. Mas tá na regra, por isso é importante estabelecer regras de integridade. Importante papel da imprensa apontando que a regra não estava sendo cumprida. […] Que bom que ele pediu para não ser mais secretário”, comentou Paes sobre o assunto.

Entenda o caso
A condenação aconteceu depois que um ex-sócio de Gilce Damasso, mãe do ex-secretário, desconfiou quando fornecedores disseram que o próprio Fábio estava assinando os cheques da empresa e procurou a polícia. Na ocasião, o atual secretário negou as acusações em juízo.

A perícia, no entanto, mostrou aos juízes que a assinatura era dele, como mostrou a reportagem. Ele foi condenado a dois anos de prisão e, em 2016, a pena foi convertida em pagamento de serviços comunitários e doação de cestas básicas por seis meses.

Fábio recorreu da decisão, mas o desembargador do caso, Luiz Zveiter, negou o recurso. Ele foi acompanhado pelos desembargadores da Primeira Câmara Criminal. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), um novo recurso também foi julgado.

Fonte: G1

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