Treinador do Avaí coloca teste de Valdívia realizado em AL sob suspeição

Jamira Furlani/Avaí

Em entrevista coletiva na noite deste sábado, logo após o empate por 1 a 1 entre Avaí e CSA, no Estádio Rei Pelé, o técnico Claudinei Oliveira contestou a velocidade com que o resultado de covid-19 do meia Valdivia foi entregue e deixou escapar que a clínica em que os testes foram realizados pertence um dirigente do clube alagoano.

A clínica utilizada na testagem dos jogadores, na manhã deste sábado, visando o confronto contra o Juventude, na próxima terça-feira, na Ressacada, foi a LUFER – Laboratório de Análise Clínicas -, conveniada com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que tem como um de seus sócios José Lumario Vasconcelos Rodrigues, superintendente do CSA.

Coincidência, ou não, o resultado do teste foi divulgado antes da data prevista pela própria clínica, na próxima segunda-feira. A LUFER ainda não se pronunciou sobre o ocorrido, mas tudo leva a crer que ela se sentiu na obrigação de avisar a CBF e, consequentemente, o Avaí por se tratar de uma partida que estava ocorrendo, independentemente do adversário.

No entanto, também levantou certa suspeita, como disse Claudinei Oliveira. “Vamos ter que entender o que aconteceu com Valdivia. Não podemos fazer juízo de caráter de ninguém, mas nunca vi sair um resultado tão rápido. Parece que o laboratório utilizado é do vice-presidente do CSA (na verdade, do superintendente). Eles se comprometeram em entregar na segunda e fizeram em tempo recorde, talvez, para nos prejudicar de alguma forma”, disse o treinador.

Claudinei também explicou passo a passo do que ocorreu neste sábado. “Viemos com o exame que tínhamos feito antes do jogo contra o Vitória, que tinha validade para esta partida. Queríamos fazer a nova testagem nesta noite ou no domingo, mas o laboratório afirmou que só conseguiria entregar os resultados se fosse realizada no sábado cedo. Para nossa surpresa, o resultado chegou no intervalo do jogo. Uma pessoa do laboratório se desdobrou para entregar. Devem ter utilizado um motoboy”, completou.

ÉTICA!
Sobre a substituição de Valdivia no intervalo, o treinador contou. “Tivemos ética de tirar o Valdivia. Pensamos na saúde de todos, inclusive, do adversário. De qualquer forma, saímos orgulhosos do que fizemos contra o CSA. Merecíamos a vitória”, finalizou.

A CBF também ainda não se pronunciou sobre o caso envolvendo o meia do Avaí. O clube catarinense ainda está estudando uma maneira de levar Valdivia para Florianópolis e afirmou que o atleta já foi isolado dos demais. Ele fará um contraprova para confirmar o resultado positivo. Diferente do que disse Claudinei, o atleta não havia contraído o vírus anteriormente.

Fonte: AFI

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