Mesmo com vacina, vitória sobre coronavírus passa por ‘mudança de comportamento social’, diz presidente da Anvisa

Antônio Barra Torres deu declaração ao abrir reunião da Anvisa que analisa pedidos de uso emergencial de duas vacinas contra Covid-19.

Agência Senado

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou neste domingo (17) que, mesmo com o desenvolvimento de vacinas, a vitória sobre o novo coronavírus passa pela “mudança de comportamento social”.

Barra Torres deu a declaração ao abrir a reunião da Anvisa que decidirá sobre o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19.

“O momento é de conscientização, união e trabalho. O inimigo é um só. A nossa chance, a nossa melhor chance nesta guerra passa, obrigatoriamente, pela mudança de comportamento social, sem a qual, mesmo com vacinas, a vitória não será alcançada”, declarou.

Desde o início da pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS), autoridades sanitárias e especialistas recomendam como formas de evitar a disseminação ainda maior do coronavírus o uso de máscara; a higienização das mãos; o distanciamento social; e evitar aglomerações, por exemplo.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro critica o uso de máscara e participa de aglomerações, contrariando as orientações médicas.

Durante a reunião deste domingo, o diretor-presidente da Anvisa disse ainda que o sentimento é de preocupação e solidariedade às famílias das mais de 200 mil pessoas que morreram vítimas da Covid-19 no Brasil.

Barra Torres também mencionou a “gravíssima situação” do Amazonas, onde os hospitais estão superlotados e não há oxigênio suficiente para os pacientes.

Reunião da Anvisa
A Anvisa analisa neste domingo os pedidos de uso emergencial da Coronavac, apresentado pelo Instituto Butantan, e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido), apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O pedido do Instituto Butantan, apresentado em 8 de janeiro, é referente a 6 milhões de doses importadas da vacina Coronavac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O instituto também desenvolve a vacina no Brasil.

Já o pedido da Fiocruz, também do dia 8, é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a vacina de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz também desenvolve a vacina no Brasil.

Na sexta (15), o grupo farmacêutico União Química informou ter pedido à Anvisa a autorização para uso emergencial da vacina russa Sputnik V. O pedido foi devolvido pela agência por falta de “requisitos mínimos” e não é analisado na reunião deste domingo.

Fonte: G1

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