Movimento unificado de militares repudia declarações de vereadora

Representantes de associações militares de Alagoas divulgaram nesta quinta-feira, 4, uma nota de repúdio à vereadora por Maceió, Silvânia Barbosa, após duras críticas à Polícia Militar, feitas pela edil em pronunciamento, na Câmara de Vereadores de Maceió, enquanto comentava a postura de militares durante uma abordagem na cidade de Piaçabuçu.

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Confira a nota na íntegra:

“O Movimento Unificado dos Militares do Estado de Alagoas vem a público repudiar a exposição maléfica e irresponsável da vereadora por Maceió Silvânia Barbosa realizada em seu pronunciamento na Sessão Ordinária da Câmara Municipal, na última quarta-feira (03). A parlamentar ao comentar sobre uma ação policial ocorrida na cidade de Piaçabuçu, caracterizou a Polícia Militar como um cesto podre comparando o efetivo policial  maçãs pobres, inclusive, afirmando que a Polícia Militar age de forma criminosa nas comunidades de periferia.

Infelizmente o discurso adotado pela vereadora Silvânia Barbosa reflete a opinião de muitas pessoas, que fazem parte de um seleto grupo, àqueles que vivem em ambiente abastardo, com segurança individualizada, carros blindados e com total desconhecimento da realidade vivenciada na atividade policial. São pessoas que conhecem o trabalho da PM, através de programas ou séries policiais.

O Movimento Unificado dos Militares do Estado de Alagoas defende uma Corporação secular, que a 189 anos atua no território alagoano, diuturnamente, na garantia da ordem pública para o alicerce da paz social. Como toda instituição composta por seres humanos, existe a singularidade profissional, política e emocional de seus integrantes, que quando não coadunam com a missão constitucional a ser cumprida, respondem na forma prevista em LEI. Com destaque a rigorosa fiscalização da atividade policial exercida pela Promotoria do Controle Externo da atividade Policial do Ministério Público de Alagoas, como também pelas Corregedorias das Instituições das Forças de Segurança, somadas ao trabalho da Imprensa Alagoana e a vigilância exercida pela sociedade.

A Polícia Militar é um grande cesto, mas um cesto formado por frutas maduras – de homens e mulheres que há décadas servem a sociedade alagoana, de sementes representadas por jovens que encaram o concurso de ingresso às fileiras da Corporação, onde mais de 90% destes alunos do Curso de Formação de Praças 2020 possuem formação superior e concorreram com milhares de pessoas que sonham em fazer a diferença através do trabalho policial.

Quando uma vereadora refuta a responsabilidade que o cargo eletivo ocupado exige, quando seus argumentos são baseados no senso comum e o pior, sem nenhuma mensuração do reflexo causado nos profissionais atacados e na imagem distorcida apresentada à sociedade, ela esquece totalmente o cenário político e social que vivencia. Não é segredo a carência de políticos sérios e realmente preocupados com as condições de vida da população, mas, diferente da vereadora que adota a generalização, os militares de Alagoas fazem o diferencial de seu juízo de valor nas urnas.

Esclarece que muitos militares residem em áreas vulneráveis, que diferente de algumas profissões, policiais e bombeiros militares não trabalham operacionalmente através de home office. Como os profissionais da saúde, a PMAL e CBMAL não pararam. A taxa de infecção da Covid-19 entre os policiais militares da ativa é quatro vezes maior quando comparada a taxa geral de infecção da população alagoana. É interessante que a vereadora use a mesma garra adotada em seu infeliz discurso na defesa de homens e mulheres que trabalham nas fileiras das Corporações Militares Estaduais visando o apoio necessário para imunização e reconhecimento funcional da tropa.

Diante de todo o ocorrido, vale agradecer as falas de apoio dos vereadores por Maceió, Siderlane Mendonça e Fábio Costa, ambos já vivenciaram a vida castrense na PMAL e CBMAL, respectivamente, e conhecem a realidade vivida pelos militares estaduais. Além disto, vale reforçar que o repúdio desta Nota não significa compactuar com desvios de condutas, mas sim exigir o respeito que a Corporação merece e a real apuração do caso evidenciado pela vereadora, dentro do ordenamento jurídico vigente.”

Veja mais sobre o caso que ao qual a vereadora se referia:

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Fonte: Ascom

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