Libertadores: Das ‘pedreiras’ às ‘babas: quem é quem no sorteio da fase de grupos

Chegou o grande dia! Nesta sexta-feira, a partir das 13h (de Brasília), a Conmebol Libertadores conhecerá todos os grupos do torneio de 2021.

Mas quem pode pegar quem? Quais são os melhores rivais para os times brasileiros? E os piores?

É isso que respondemos! Veja abaixo um pequeno “guia” e descubra quem é quem no sorteio.

As regras do sorteio da Libertadores

Os times são divididos em 4 potes, definidos a partir do ranking da Conmebol (que leva em conta principalmente o histórico das equipes dentro da Libertadores, com mais peso para boas participações recentes). Cada grupo fica com uma equipe de cada pote.

Há apenas uma regra básica: equipes do mesmo país não podem ficar no mesmo grupo. A única exceção é quando um desses times venha da fase prévia (casos de Santos e Grêmio, por exemplo, que podem cair em um grupo com outro brasileiro).

Quem é quem no sorteio

POTE 1

Conta com três brasileiros: Palmeiras, Flamengo e São Paulo

River Plate (ARG)

Sem dúvidas, um dos dois maiores bicho-papões do sorteio. Semifinalista da última edição, dono de 4 títulos e imensa tradição dentro do futebol sul-americano, o River é um dos grandes times a ser evitado pelos brasileiros que não são cabeças-de-chave. A equipe é a atual terceira colocada de seu grupo no Campeonato Argentino.

Boca Juniors (ARG)

Ao lado do arquirrival River, o outro grande bicho-papão que ninguém gostaria de encarar logo de cara. É o segundo maior campeão do continente (6, atrás só do Independiente), o clube com mais finais da história (11) e também atual semifinalista. Com Tévez ainda no ataque, é o terceiro colocado de seu grupo no Campeonato Argentino.

Nacional (URU)

Um time de muita tradição, com três títulos de Libertadores, mas que não vem sendo assim uma grande força continental nos últimos tempos. São seis finais, mas a última ainda em 1988. O Nacional segue sendo uma força no país, mas a verdade é que o futebol uruguaio vem sofrendo nos últimos tempos para fazer frente aos times argentinos e brasileiros. Com o veterano Bergessio como craque e D’Alessandro no meio, não chega a ser uma moleza, mas também está longe de ser a pior opção do pote 1.

Cerro Porteño (PAR)

Sem dúvidas, os dois paraguaios são os maiores sonhos de consumo dos brasileiros que não são cabeças-de-chave. O Cerro ainda tem menos tradição que o rival Olimpia e nunca chegou em uma final de Libertadores. Na última edição, não conseguiu sequer passar da fase prévia. Mas foi campeão do último Apertura paraguaio e chega reforçado pelo goleiro Jean (ex-São Paulo) e pelo atacante Boselli (ex-Corinthians). No atual Apertura nacional é só o quarto colocado.

Olimpia (PAR)

O Olimpia levou o último Clausura paraguaio, lidera o atual Apertura e tem certa tradição na Libertadores, com três títulos e três vices. Mas entre as opções de cabeças-de-chave, pode ser uma boa pedida aos brasileiros. Até porque o futebol paraguaio também vem sofrendo para manter craques. A aposta da equipe é o veterano Roque Santa Cruz. Derlis González, ex-Santos, também está no elenco.

POTE 2

Conta com dois brasileiros: Atlético-MG e Internacional

Defensa y Justicia (ARG)

O Defensa vem crescendo dentro do futebol argentino e começou a construir certa tradição continental ao levar o título da Copa Sul-Americana da última temporada. O time perdeu Hernán Crespo, hoje no São Paulo, mas contratou outro técnico argentino da nova geração: Sebastián Beccacece. Com Walter Bou como grande destaque, vem sofrendo um pouco na transição. Está longe de ser moleza, mas ao menos não tem camisa tão pesada e não apresenta dificuldades extras como altitude ou uma viagem complicada.

Santa Fe (COL)

O futebol colombiano tem se colocado na briga pelo posto de terceira força do continente, mas com certa alternância entre os times. O Santa Fe chega como vice-campeão e também atual segundo colocado do campeonato nacional. O time tem velhos conhecidos brasileiros, como os meias Cárdenas e Seijas, mas sem grandes astros mundialmente famosos. A viagem não é das mais curtas e o time não é fraco. Não chega a ser um grande bicho-papão, mas também não é uma moleza.

Racing (ARG)

O Racing não vive a melhor fase de sua história, mas nunca é bom enfrentar um time de camisa assim. É um bicho-papão muito mais por isso do que pelo futebol apresentado. Mena, com longa passagem pelo futebol brasileiro, está na equipe, que é a atual 6ª colocada em seu grupo no Argentino. Mas vale lembrar que, mesmo “em crise”, eliminou o forte Flamengo na última temporada.

LDU (EQU)

Grande força do futebol equatoriano nos últimos anos, virou um time a sempre ser evitado na fase de grupos. Até mesmo pelo “fator altitude” de Quito, que sempre incomoda os brasileiros. Para piorar, o Equador tem dado muitos problemas para brasileiros por conta dos protocolos rígidos contra a COVID-19. E a viagem, que já é mais longa, ficou ainda mais desagradável. O time chega como atual vice-campeão nacional e 6º colocado no começo da nova temporada.

Universidad Católica (CHI)

Tricampeã chilena seguida, a Unviersidad Católica é a nova grande força do país. Só que os clubes de lá também tiveram uma enorme queda de desempenho em nível continental, e a Católica tem sofrido até mesmo para passar da fase de grupos da Libertadores. Por isso, pode ser uma das melhores opções do pote para os brasileiros.

Barcelona (EQU)

A viagem para o Equador não tem sido nada fácil para os brasileiros, mas enfrentar o Barcelona pode sim ser uma ótima ideia. O time chega como o atual campeão equatoriano, mas, ao contrário de outras equipes do país, não tem a atitude ao seu lado – a cidade de Guayaquil fica no nível do mar. É uma ótima opção para os brasileiros. O Flamengo passou por lá desfalcado e sem grandes problemas em 2020.

POTE 3

Conta com um brasileiro: Fluminense

Vélez Sarsfield (ARG)

O maior bicho-papão do pote 3. Tem um título no currículo (1994, contra o então bicampeão São Paulo dentro do Morumbi), uma camisa de certo peso, traz toda a força do futebol argentino e ainda vive boa fase – é o atual líder de seu grupo no torneio nacional. Tem nomes fortes no elenco (como Ricardo Álvarez, ex-Internazionale) e velhos conhecidos brasileiros (como Mancuello, ex-Flamengo, e Centurión, ex-São Paulo). Certamente, é o time a se evitar no pote 3.

Sporting Cristal (PER)

É o atual campeão peruano, mas sempre é um rival bem-vindo no grupo dos brasileiros. Não conta com a altitude a seu favor e geralmente não costuma ter a mesma força em nível continental. No último ano, não passou nem da fase prévia. E geralmente não consegue passar dos grupos.

América de Cali (COL)

Talvez a segunda pior opção do pote 3. O América de Cali tem certa tradição continental (com 4 finais de Libertadores no currículo) e vem do futebol colombiano, que tem tentado se consolidar como a terceira força. Adrián Ramos, ex-Borussia Dortmund, é o principal jogador do elenco. O time ainda é o atual campeão nacional – apesar de ser só o oitavo colocado no torneio que já está em andamento.

The Strongest (BOL)

O futebol boliviano não costuma ter times tão fortes, mas eles sempre incomodam demais por um simples fator: a altitude. Com os mais de 3.600m de La Paz, o The Strongest é sempre um rival a ser evitado na fase de grupos.

Universitario (PER)

Assim como o Sporting Cristal, é um bom rival para os clubes brasileiros. Segue a mesma linha: é uma força no futebol peruano, mas não repete o bom desempenho a nível continental e sempre tem sérias dificuldades para passar da fase de grupos. Também não conta com a altitude a seu favor e seria um bom adversário vindo do pote 3.

Deportivo Táchira (VEN)

O futebol venezuelano só costuma apresentar dificuldades aos brasileiros por conta da viagem, nem sempre fácil de ser feita – a às vezes até um pouco cara por conta da necessidade de se fretar aviões. Mas o Táchira é sempre bem-vindo no grupo dos brasileiros. E, desta vez, nem chega como campeão nacional.

Argentinos Jrs (ARG)

É um time argentino – e isso, por si só, já o faz ser um rival não tão legal assim de se enfrentar. Mas o Argentinos Jrs. talvez seja o pior dos clubes hermanos classificados e é só o 9º colocado de seu grupo no momento no campeonato nacional. Há opções menos complicadas no pote 3, mas também está longe de ser um bicho-papão.

POTE 4

Terá quatro times da fase prévia e ponte contar com dois brasileiros: Santos e Grêmio

La Guaira (VEN)

É o atual campeão venezuelano, mas ninguém vai lamentar de ter o La Guaira como rival. A equipe traz uma viagem não tão fácil, mas não tem a temida altitude a seu favor. E os clubes da Venezuela geralmente tem dificuldades para passar da fase de grupos.

La Calera (CHI)

Chega como vice-campeão chileno, mas sem nenhuma tradição no futebol continental. O destaque é Jorge Valdívia no meio de campo – para deixar alguns palmeirenses com saudades. Mas está longe de ser um bicho-papão – até porque a viagem para lá não é tão difícil. Há times muito mais difíceis de se enfrentar que podem vir da fase prévia.

Always Ready (BOL)

Dos quatro clubes já classificados para o pote 4, é sem dúvidas o rival mais indigesto. Não por conta do nível da equipe, mas por conta da altitude. São 4.090m acima do nível do mar que certamente vão complicar a vida de qualquer um que for jogar por lá. Melhor evitar!

Rentistas (URU)

O Rentistas teve uma das melhores temporadas de sua história e foi o vice-campeão uruguaio. Mas será um rival desejado por qualquer brasileiro no pote 4. O time não tem tradição alguma no continente, tem uma das menores viagens possíveis e não parece ter nível técnico suficiente para complicar – apesar da força do futebol uruguaio.

Fase prévia

A lógica poderia dizer que os times da fase prévia seriam os rivais ideais, mais fracos. Mas na Libertadores isso está longe de acontecer. Talvez todas as opções sejam piores que outros times já classificados do pote 4: os tradicionais Santos, Grêmio, San Lorenzo (ARG) e Atlético Nacional (COL), a altitude do Bolívar (BOL) ou os emergentes Libertad (PAR), Junior Barranquilla (COL) e Independiente del Valle (EQU) – este último que também conta com a altitude.

Fonte: ESPN

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