Integrante da Guarda de Porto de Pedras depõe à PC em caso de estupro

A integrante da Guarda Municipal de Porto de Pedras, afastada preventivamente das funções após ser acusada de envolvimento no estupro de uma adolescente de 16 anos, prestou depoimento à Polícia Civil de Alagoas. O inquérito está sendo conduzido pelo delegado Valdir Silva de Carvalho, titular da cidade.

A guarda é apontada pela família da vítima como a pessoa que chamou a adolescente para uma festa, onde supostamente teria sido drogada e depois violentada. A violência sexual ainda teria sido registrada em vídeos. A Polícia Civil não confirma se já está de posse desses vídeos.

Dois primos são os principais suspeitos do crime, que ocorreu na praia de São Miguel dos Milagres, em janeiro deste ano. Desde então, a adolescente apresenta quadro de depressão profunda e tentou tirar a própria vida. Atualmente, ela se encontra internada na Unidade de Tratamento Intensivo de um hospital de Maceió.

Segundo informações apuradas pela reportagem do Alagoas 24 horas, os dois autores já foram devidamente identificados e devem ser convocados a depor. A polícia já ouviu a mãe da menor, assim como outros depoimentos.

A reportagem entrou em contato com a delegacia, mas foi informada que nenhuma informação será repassada para não atrapalhar as investigações.

SINDGUARDA

O Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL) informa que, diferente do que informou a prefeitura de Porto de Pedras, não há Guarda Municipal na cidade. 

O Sindicato REPUDIA VEEMENTEMENTE a agressão sofrida pela jovem de 16 anos e reitera que a funcionária da Prefeitura de Porto de Pedras, apontada como uma das suspeitas no crime, não é guarda municipal. 

Os contratados pelo executivo municipal não realizaram concurso público e não foram submetidos a nenhum tipo de capacitação. Logo, não integram a categoria.

O Sindguarda não admite e combate essa ilegalidade diariamente, porque essa situação só traz prejuízos à categoria. Os guardas municipais precisam ter a conduta ilibada comprovada por meio de certidões negativas, serem submetidos a capacitações e passar por avaliação psicológica. Esses seguranças contratados não tem legitimidade e nem preparo nenhum para atuar como guardas municipais. 

O Sindguarda já fez diversas denúncias ao Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) acerca das contratações irregulares em Porto de Pedras e aguarda um posicionamento do MPE.

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