Algemado, surfista é morto a tiros no litoral por homens com distintivo

Ele foi abordado por dois homens armados, que portavam o que pareciam ser distintivos. Secretaria de Segurança Pública não confirmou se dupla atua na Polícia Civil. Suspeitos fugiram após os disparos.

Homens com distintivos da Polícia Civil tentavam levar um dos rapazes algemado — Foto: Reprodução/Facebook/Plantão Guarujá

Um surfista de 32 anos morreu após ser baleado durante uma confusão em Guarujá, no litoral de São Paulo. Em vídeos obtidos pelo G1 nesta terça-feira (8), é possível ver que uma dupla armada e portando o que parecem ser distintivos policiais tentava prender um homem, o que causou o início da briga. No entanto, até o momento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não confirmou se os suspeitos que aparecem nas imagens atuam na Polícia Civil.

Segundo registrado no boletim de ocorrência, a confusão aconteceu na Alameda Marechal Floriano Peixoto, no Centro da cidade. A Polícia Militar foi acionada via Copom para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo.

Nas imagens, que circulam nas redes sociais (veja vídeo acima), dois homens armados e com distintivos da Polícia Civil tentam levar um rapaz detido.

Amigos do rapaz algemado protestavam e discutiam com os supostos policiais civis, impedindo-os de levar o homem embora. A confusão se tornou uma discussão acalorada, sob a mira de armas e ameaças, que seguiu por alguns minutos.

Uma testemunha afirmou às autoridades que, em dado momento, ouviu disparos de arma de fogo e se deu conta de que Maycon Almeida de Azevedo havia sido atingido. Os homens fugiram de carro em seguida.

Quando a Polícia Militar chegou ao local, a vítima já havia sido socorrida pelos amigos para o Hospital Casa Saúde, onde não resistiu aos ferimentos e morreu.

A testemunha relatou, ainda, que o grupo de amigos estava surfando quando foi a uma lanchonete para comprar um salgado e, de repente, uma pessoa pegou em seu braço falando “já era, perdeu”.

Eles se diziam policiais e apresentaram um distintivo da Polícia Civil, mas a testemunha não acreditou, assim como Maycon. Eles começaram a discutir e a resistir, e em um determinado momento, a testemunha ouviu um disparo de arma de fogo e percebeu que seu primo havia levado um tiro no peito.

Conforme a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como homicídio simples na Delegacia Sede de Guarujá, que investiga os fatos. Foi solicitada perícia para o local. Até a última atualização desta matéria, a SSP não havia respondido às questões feitas pela reportagem sobre as investigações e o andamento do caso.

Protesto
Neste domingo (6), amigos e familiares de Maycon fizeram uma manifestação pacífica no local onde o crime aconteceu, pedindo por esclarecimentos da Polícia Civil sobre a morte dele. Todos usavam camisetas com uma foto do rapaz e uma faixa de luto em sua homenagem. O G1 tentou, mas nenhum dos participantes aceitou dar entrevista.

Fonte: G1

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