Suspeito de matar família tinha dois esconderijos em matagal

Colchões e roupas foram encontrados durante investigações. Neste sábado (12), Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos, foi localizada sem vida em mata próxima ao local dos crimes. Suspeito segue foragido.

Segundo a polícia, Lázaro Barbosa de Sousa tinha dois esconderijos na região do Incra 9, no DF — Foto: Polícia Civil do DF / Reprodução

A Polícia Civil do DF encontrou pelo menos dois esconderijos onde Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, se escondia para cometer crimes em chácaras do Incra 9, em Ceilândia. Todos eles em região de mata. Nos locais foram encontrados lona, colchões, roupas, calçados, garrafas com água.

“A gente identificou que esses esconderijos foram utilizados por ele em tempos anteriores aos crimes. Como ele vivia muito nessa região de mata, eram locais utilizados por ele”, disse o delegado Leandro Ritt, chefe da DRS.

O corpo de Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos, estava a cerca de 10 minutos dos esconderijos. Isso a pé. A vítima foi encontrada por militares do Corpo de Bombeiros próximo de um córrego, em Ceilândia, no Distrito Federal. A mulher estava desaparecida desde quarta-feira (8), após o triplo homicídio que tirou a vida do marido dela e dos dois filhos. O suspeito está foragido.

Os bombeiros informaram que a Cleonice estava sem as roupas. O corpo vai passar por perícia para identificar se vítima foi ou não abusada sexualmente. A área de buscas foi delimitada pela Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) após reunião com o Corpo de Bombeiros.

Foi elaborado um mapa de onde Lázaro poderia ter se escondido e onde poderia estar Cleonice, a partir de uma análise do comportamento dele.

‘Mateiro experiente’
Fontes ouvidas pelo G1 afirmam que Lázaro é um “mateiro experiente”, que anda e dorme pelas matas. O suspeito trabalha como carroceiro e, segundo investigadores, anda sempre sozinho.

“O comportamento apresentado é de um psicopata”, dizem os policiais . Além disso, Lázaro age de forma “imprevisível”, contam os investigadores.

Em 17 de maio deste ano, segundo a polícia, Lázaro chegou a fazer uma família refém na mesma região e também ameaçando as vítimas com faca e arma de fogo. Nesse crime, ele mandou as pessoas ficarem nuas e, das 19h até meia-noite, ele prendeu os homens no quarto e as mulheres “ficaram servindo jantar para ele”, segundo a Polícia Civil.

Na quinta-feira (9), um dia após o matar a família, segundo a Polícia Militar do DF, Lázaro roubou uma chácara perto da região onde praticou a chacina. Ele teria rendido o caseiro, o dono da chácara e a filha dele.

“Ele fez ela fazer almoço, assistiu ao jornal na TV, comentou sobre o assassinato de depois fugiu”, contou a PM, a partir das informações repassadas pelas vítimas.

Lázaro é foragido da Justiça. Ele foi condenado por um homicídio na Bahia, além de ser investigado por crimes de estupro, roubos no DF e em Goiás.

Investigação
As investigações apontam que Lázaro Barbosa de Sousa é o principal suspeito de cometer o crime. Ele teria invadido a casa da família com intenção de roubar, mas acabou matando as vítimas após elas reagirem, por volta de 2h do dia 8 de junho.

Cláudio Vidal, de 48 anos, e os dois filhos de Cleonice, Gustavo Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Vidal, de 15 também foram assassinados. Os três foram encontrados com marcas de tiros e facadas.

Ao perceber a tentativa de arrombamento da porta, Cleonice chegou ligar para parentes para pedir ajuda. O irmão dela contou na delegacia que mora próximo da chácara e que chegou cerca de 10 minutos após a ligação, mas o cunhado e sobrinhos já estavam mortos.

Fonte: G1

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