Foto: Lucas Figueiredo/CBF
O técnico da Seleção Brasileira, Tite, afirmou que teme que os membros da delegação brasileira contraiam a Covid-19 durante a Copa América. O técnico ainda defendeu a aplicação da vacina contra o vírus e reconheceu que profissionais do futebol são “privilegiados” perante à população.
As declarações vieram em resposta aos questionamentos da CNN durante uma coletiva de imprensa para jornalistas na véspera da partida contra o Peru, que será realizada na noite desta quinta-feira (17).
Na última segunda-feira, o técnico do Uruguai, Óscar Tabárez, disse que seria “muito difícil evitar algum contágio” entre os membros da seleção celeste. Até agora, 53 pessoas entre jogadores, membros das delegações e comissões técnicas e funcionários terceirizados pela Conmebol e de hotéis que hospedam jogadores já testaram positivo. A competição tem menos de uma semana.
“Eu fico torcendo para que nós não tenhamos nenhum caso com a gente, esse é o meu sentimento. E fico desconfortável porque o futebol é privilegiado em relação a tantas outras pessoas que precisam de vacina. As pessoas precisam de vacina e saúde para voltar a seus trabalhos”, disse Tite.
Nesta semana, a convite da Conmebol, o elenco e funcionários do Palmeiras foram vacinados contra a Covid-19 no Paraguai. Eles precisaram sair do Brasil para garantir a imunização já que as regras do Ministério da Saúde vetam aplicações a grupos que não são prioritários no Programa Nacional de Imunizações. Em maio, já haviam feito o mesmo os jogadores do Atlético Mineiro e Atlético Goianiense.
Perguntado sobre o contato com o torcedor em uma eventual recepção no hotel onde a seleção ficaria, Tite disse que não é o momento. “Longe, tendo saúde, e no devido tempo a proximidade com o torcedor”, disse.
O Brasil enfrenta o Peru nesta quinta-feira (17) em jogo válido pela segunda rodada da Copa América. A partida acontece, às 21h (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos, conhecido como Engenhão.
