Punição a militares do Corpo de Bombeiros gera debate na Assembleia

A abertura de procedimentos disciplinares contra duas bombeiros de Alagoas repercutiu na sessão desta quarta-feira (23) da Assembleia Legislativa de Alagoas. O assuntou foi levado ao plenário pelo deputado Ronaldo Medeiros, que classificou a investigação como uma atitude fascista, de quem não merece exercer cargo nenhum.

Medeiros se referiu ao procedimento aberto contra a bombeiro militar Stephany Domingos, que gravou um vídeo sobre o dia em que recebeu a vacina contra a Covid. A militar usou camiseta e placa defendendo o SUS, a Vacina e escreveu uma hastag com Ele Não. O comandante da corporação, coronel André Madeiro, determinou a instauração de procedimento para investigar se a militar cometeu transgressão disciplinar.

Outra militar, a tenente-coronel Camila Paiva, também está sendo investigada, desta vez pelo Conselho Estadual de Segurança (Conseg), por participar de ato contra o presidente Jair Bolsonaro. Em ambos os casos, as militares não estavam uniformizadas.

Medeiros acusou o comando do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas de agir com ‘canetas diferentes, uma para punir os subordinados, que não é a mesma caneta que ele usa para escrever, para pedir votos’. O parlamentar apresentou postagens da cúpula do CB pró Bolsonaro e pedindo votos e candidatos alagoanos.

O deputado federal Paulão (PT) também usou suas redes para questionar o comandante do Corpo de Bombeiros, que fez postagens afirmando votar no atual presidente.

Já os deputados Cabo Bebeto, que é militar, e Davi Maia, defenderam a punição, afirmando que as militares sabem que não podem se manifestar politicamente. “A lei é dura, mas é para todos”, citou Bebeto.

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