Tribunal de Justiça de Alagoas discute combate à intolerância religiosa

Coordenador de Direitos Humanos do TJAL, Tutmés Airan, participou do I Encontro de Povos de Terreiros e Comunidades Tradicionais de Coruripe, nesta sexta (10)

Caio Loureiro

I Encontro de Povos de Terreiros e Comunidades Tradicionais de Coruripe foi realizado na Câmara Municipal.

O desembargador Tutmés Airan, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), afirmou que o Judiciário vem atuando no combate à intolerância religiosa no Estado. À frente da Coordenadoria de Direitos Humanos do TJAL, o desembargador participou, nesta sexta (10), do I Encontro de Povos de Terreiros e Comunidades Tradicionais de Coruripe.

“O Poder Judiciário é o fiador do direito das pessoas. Dentre os direitos comuns aos homens, há um que é absolutamente significativo, que é o direito que ele tem de encontrar e caminhar em relação ao seu Deus, ao Deus em que ele acredita”, disse.

O desembargador destacou o projeto Caravanas em Defesa da Liberdade Religiosa, que promove visitas a terreiros e rodas de conversa sobre liberdade de culto, levando ainda serviços a comunidades. A iniciativa é do Tribunal e da Defensoria Pública de Alagoas.

“A intolerância precisa ser combatida. Cabe ao Judiciário criar uma ossatura institucional capaz de fazer esse enfrentamento. Criamos o projeto Caravanas e, a partir dele, surgiu a necessidade da Vara de combate aos crimes contra as populações vulneráveis. Depois do surgimento da Vara, veio a ideia da delegacia correlata”, explicou o desembargador, ressaltando que a delegacia está prestes a entrar em operação na Capital.

“Essas medidas foram tomadas para que as pessoas possam fazer suas escolhas habituais sossegadamente”, reforçou.

Para o líder religioso Yego Silva, um dos organizadores do encontro, lutar pela liberdade de culto sempre vai ser uma pauta importante. “Coruripe tem hoje 52 Casas de Axé em funcionamento. Somos muito presentes e vamos cada vez mais dar esse passo de lutar por nossos direitos. O apoio do TJ nessa causa é fundamental”.

Também participaram do encontro o secretário da Coordenadoria de Direitos Humanos do TJAL, Pedro Montenegro, o prefeito de Coruripe, Marcelo Beltrão, além de vereadores e representantes de religiões de matriz africana.

Fonte: TJ/AL

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