APA do Catolé
O vereador por Maceió, delegado Fábio Costa (PSB), realizou na última quarta-feira (22) uma fiscalização para apurar possíveis crimes ambientais causados pelo funcionamento de uma usina de asfalto, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé e Fernão Velho.
Segundo o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Câmara Municipal de Maceió, todas as irregularidades apontadas na denúncia foram comprovadas pelos fiscais do Instituto do Meio Ambiente (IMA). “Nós recebemos a denúncia por meio do Gabinete Digital e chegando aqui, tudo foi comprovado. Encontramos manchas e vazamentos de cimento asfáltico por toda a área. Esse material poluente infiltra no solo, contaminando o lençol freático. Por terem licença para atuar dentro de uma APA, nenhum desses vazamentos deveria acontecer, muito menos aqui”, explica o vereador.
Durante a fiscalização, a equipe do IMA conseguiu comprovar todos os danos ambientais visíveis, além das irregularidades documentais. De acordo com a fiscal ambiental do IMA, Karine Pimentel, as multas aplicadas somam mais de R$ 100.000,00. “Identificamos o vazamento do material oriundo da usina e o armazenamento irregular do subproduto dele. Ainda multamos pelo descumprimento de seis condicionantes da licença de operação, além disso, a empresa não possui cadastro no sistema de gerenciamento online do IMA. A oficina deles também funcionava sem licença e por isso foi embargada, ou seja, foram aplicadas cinco multas diferentes” disse a fiscal.
O Açude do Catolé-Cardoso, responsável por abastecer cerca de 30% da cidade de Maceió e também situado na APA, corria o risco de ter a qualidade da sua água comprometida pela atividade da usina. No início do ano, a fiscalização que denunciou a Máfia da Metralha, apontou que o Açude também estava sendo afetado pela atividade irregular da empresa ATRAL. Em março, a Prefeitura de Maceió encerrou o contrato com a empresa após a denúncia.
