Jovem de 20 anos fica nervosa durante assalto, leva tiro na cabeça e morre

Cristiane da Costa dos Santos estava no ponto de ônibus quando foi abordada. Segundo testemunhas, ela teria se atrapalhado ao entregar o celular, e foi baleada na cabeça.

Jovem de 20 anos foi morta a tiros durante assalto em parada de ônibus, em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV

Uma jovem de 20 anos foi morta a tiros em um assalto em uma parada de ônibus ao sair do trabalho, na noite de quinta-feira (24), em Porto Alegre. Cristiane da Costa dos Santos teria se atrapalhado ao entregar o celular aos assaltantes, e foi alvejada na cabeça.

O crime aconteceu por volta das 19h30. Dois assaltantes chegaram ao local, na Avenida Chuí, e abordaram as pessoas que estavam na parada. Eles levaram celulares de pelo menos outras duas vítimas, que também estavam na parada, mas não foram feridas.

A Brigada Militar foi acionada e quando chegou encontrou a vítima já baleada, caída no chão. Cristiane morreu no local. Colegas de Cristiane dizem que ela era vendedora e trabalhava em uma loja no Barra Shopping Sul, que fica próximo à parada onde aconteceu o crime.

Em nota, o Barra Shopping Sul lamenta profundamente o ocorrido e diz que, mesmo que o caso tenha acontecido fora de suas dependências, está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

O caso é investigado pela Polícia Civil e até a manhã de sexta (24), ninguém havia sido preso.

Nota da Brigada Militar
A Brigada Militar, através do 1 Batalhão de Polícia Militar, vem se manifestar sobre o lamentável crime ocorrido no início da noite desta quinta-feira, 23 de setembro de 2021, na zona sul de Porto Alegre. Com base nas informações obtidas até o momento, informamos:

1. O fato ocorreu por volta das 19h30min, na Avenida Chuí, bairro Cristal, e foi praticado por dois indivíduos, sendo um deles armado, contra três pessoas que estavam numa parada de ônibus;

2. Conforme as testemunhas, a vítima estava nervosa e demorou para entregar seus pertences, sofrendo um disparo de arma de fogo

3. Os autores do crime fugiram em um veículo Ford Fiesta;

4. Populares avisaram o efetivo da BM, que se encontrava distante aproximadamente 150 metros do local, que acorreram em socorro a vítima e acionaram imediatamente a SAMU e as guarnições de serviço para cerco aos criminosos. Na sequência solicitaram a Volante da PC, para as medidas preliminares de investigação do ocorrido;

5. Ao chegar no local da ocorrência, os profissionais da SAMU constataram o óbito da vítima, sendo o local isolado;

6. O 1º Batalhão de Polícia Militar intensificou ações de patrulhamento e saturação na área com viaturas de policiamento ostensivo e de Força Tática, reforçado por guarnições do 1º e 3o Batalhão de Polícia de Choque e equipes de inteligência, no intuito de localizar e prender os autores do delito;

7. O veículo utilizado pelos delinquentes foi localizado, abandonado, no bairro Vila Nova, sendo informada a PC e solicitados guincho e perícia para o mesmo;

8. Enquanto aguardavam, mantiveram os policiais vigilância discreta, sendo que um grupo de indivíduos tentou apanhar o veículo utilizado no crime, restando até agora um suspeito detido, que já foi preso anteriormente por roubo a farmácia, roubo a estabelecimento comercial além de outros crimes;

9. Por fim, salientamos que o 1º BPM realiza ações constantes de policiamento ostensivo na região do ocorrido, através de patrulhamento motorizado, emprego de Base Móvel Comunitária, rondas ostensivas com apoio de motocicleta e permanência de viaturas em pontos-base. As ações de patrulhamento na região serão intensificadas, e estaremos colaborando com a polícia civil na elucidação do crime.

“Medo constante”
Usuários da parada de ônibus onde Cristiane foi morta relatam a insegurança no local, onde os assaltos são frequentes.

“É um medo constante já que a gente tem. A gente sai ali, já sabe, sai com medo, a gente não vai direto para parada. Quem pega no fim da linha fica dentro do shopping esperando até o ônibus chegar, aí acaba saindo correndo porque se ficar ali de bobeira é certo [assalto]”, afirma Bruna Lopes, que trabalha no shopping.

A vendedora Ana Paula D’Ávila chegou à parada instantes após o crime. “É chocante chegar na parada e ver uma colega de shopping no chão”, afirma.

“A gente sabe que todo dia vão ter que passar por isso, a gente vai ter que pegar aquela parada, a gente não tem segurança. No mês deve ter sido quinto assalto naquela mesma parada e é uma coisa que a gente sempre comentou, a gente sempre lutou para ter mais segurança”, declara.

Os relatos são de que os assaltantes esperam o horário de saída dos funcionários para cometer os crimes.

“Os horários são próximos aos horários de maior fluxo de saída dos funcionários, como se os assaltantes soubessem os horários que tem mais pessoas”, afirma a gerente de loja Vanessa Dias de Lima.

Fonte: G1

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