Ídolo do PSG diz ‘saber seu lugar na história’, mas pede: ‘Não me comparem com Neymar, Ronaldinho e Weah’

Um dos grandes nomes do Paris Saint-Germain, Pauleta foi o maior artilheiro da história do clube até a chegada de grandes reforços com o dinheiro vindo do Catar. Com 109 gols em 211 jogos, ele é o quarto na lista, atrás de Cavani, Ibrahimovic e Mbappé.

Eleito pelos torcedores em 2020 em uma votação como principal ídolo da história do clube, o português foi duas vezes vencedor da Copa da França e uma da Copa da Liga. Apesar disso, o ex-centroavante foi bastante modesto ao falar sobre qual é o seu tamanho no PSG.

“Sei que não fui nem de perto nem de longe o melhor jogador da história. As pessoas me consideram por tudo que fiz como jogador pessoa e respeito ao clube. Dou muito valor a tudo isso. Claro que os meus gols ajudaram, mas os jogadores que existam hoje e passaram têm igual ou maior qualidade”, disse ao ESPN.com.br.

“Mas sinto que sou uma pessoa importante no clube pela forma que sempre respeitei dentro e fora de campo. Existe ligação muito forte até hoje. Trabalho como embaixador das academias do clube e faço muita coisa om o PSG. Acho que o clube está acima de tudo, dos jogadores, presidentes… os torcedores são muito exigentes, apoiam muito, mas também cobram. É um clube grande, mesmo tendo equipes diferentes”, completou.

“Minha história fala por mim, pelas taças e jogos importantes. Agora não me peçam para me comparar a Neymar, Ronaldinho, Weah… marquei a minha história no clube por tudo que fiz e as pessoas me colocaram dessa forma (como maior ídolo) e sei do meu valor e o que fiz no clube, claramente”, disse.

O Pauleta antes de Paris

Muitos não se lembram, mas, antes de chegar ao PSG em 2003, Pauleta atuou em outro clube da França: o Bordeaux. Entre 2000 e 2003, foram 91 gols marcados, sendo um dos maiores artilheiros da história da equipe.

“Logo depois que vencemos o Campeonato Espanhol com o Deportivo La Coruña e estávamos jogando a Supertaça. Depois da vitória sobre o Espanyol, fui para a seleção e recebi um convite por meio do meu empresário e o Bordeaux precisava de um atacante”, relembrou.

“Foi uma oportunidade boa para o La Coruña e para mim para aproveitar. E tinha curiosidade de experimentar outro campeonato. Foi a melhor decisão que poderia tomar porque foram só coisas boas que vieram para a minha carreira”, apontou.

Em 2001/02, o português foi artilheiro da Ligue 1 e campeão da Copa da Liga com a equipe, sendo seu melhor ano no clube. Mas uma de suas principais lembranças foi logo em sua chegada.

“A temporada que mais gostei no Bordeaux foi quando tinha 27 anos e foram temporadas que fiz mais de 30 gols por temporada. Na primeira no Bordeaux, conseguimos fazer coisas importantes com a equipe e a nível individual as coisas ocorreram bem e fiz muitos gols”, afirmou.

“Lembro que cheguei ao Bordeaux em uma terça-feira e no dia seguinte estreei com três gol. Dá uma confiança e as pessoas olham para você de uma forma diferente. É mais fácil que as coisas ocorram bem”, citou.

Relação com Felipão

Pauleta também teve história marcante com o time nacional de Portugal. Maior artilheiro da seleção até a chegada de Cristiano Ronaldo, o centroavante recebeu sua primeira chance com Luiz Felipe Scolari e mantém uma grande gratidão pelo brasileiro.

“Eu tinha uma relação de pai e filho com Felipão. Nos dávamos muito bem, e com a comissão, com Murtosa e o Darlan. Foi uma coisa muito boa que aconteceu aos jogadores portugueses e aos torcedores, a vinda de Felipão, naquela altura. Ele trouxe algo importantíssimo, conseguiu unir o grupo de muito talento, mas infelizmente não conseguimos o título da Eurocopa em casa por culpa nossa, perdemos a final em casa para a Grécia, e depois na semifinal da Copa do Mundo para a França”, afirmou.

“Ele fez um trabalho fantástico e temos um carinho enorme pelo Scolari, porque é uma pessoa excelente. Não tem um jogador português que não goste dele e da comissão. Era uma equipe técnica de muita qualidade, paixão e trouxe aos portugueses uma volta de união, equipe, respeito e todos no mesmo patamar. tenho uma relação muito boa com ele até hoje”, finalizou.

Fonte: ESPN

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