Mais cara do país, gasolina bate R$ 7,50 em postos do RS, aponta ANP

Valor do litro subiu 3,3% na semana passada nos postos do país após reajuste da Petrobras. Combustível a R$ 7,499 foi encontrado em dois locais em Bagé, onde preço médio é de 7,368.

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Bagé tem a gasolina mais cara do Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução/RBS TV

Com o aumento do preço da gasolina anunciado pela Petrobras no início do mês, o valor do litro do combustível nos postos do país subiu 3,3% na semana passada. A mais cara é encontrada em Bagé, na Região da Campanha, e se aproxima dos R$ 7,50.

Conforme o levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíeis (ANP), na semana de 10 a 16 de outubro, a cidade registrou um preço médio de R$ 7,368 por litro da gasolina comum em nove postos. Em dois deles, contudo, chegava a R$ 7,499.

A gasolina mais barata foi encontrada em postos de combustíveis de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre: R$ 6,269. Na Capital, o valor oscilava de R$ 6,479 a R$ 6,799 em 39 locais pesquisados.

O presidente do Sindicato dos Petroleiros do RS, Fernando Maia da Costa, questiona esta discrepância. Ele compara o valor médio de Bagé com Uruguaiana, por exemplo, que fica distante da refinaria, em Canoas, mais de 250km e, ainda assim, pratica um preço médio mais barato.

“O custo da gasolina, na saída da Refap, é o mesmo. Os impostos são os mesmos. Podem os distribuidores alegar que o custo de transporte é maior entre Canoas e Bagé, que entre Canoas e Uruguaiana? É complicado de aceitar! O que fica bem claro é que os intermediários estão inferindo uma diferença bastante significativa na cobrança do combustível para o consumidor final”, avalia.

Para o presidente da Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua, esta oscilação de mais de R$ 1 entre as regiões não se explica por uma razão apenas. Segundo o representante das revendas, há questões de logística, de carga tributária e até mesmo de estratégias mercadológicas de cada revendedor que podem afetar no custo ao consumidor.

“Entendo a preocupação do pessoal local, gostaria que fosse mais barata. Mas tem diferenças de estrutura e de aquisição. Não sei se alguém tem uma política mais agressiva. Não tem uma explicação. É o mercado agressivo, assim como estados e municípios são mais agressivos. O único que não vai conseguir resolver sozinho é o posto de gasolina. Ele é a ponta mais espremida”, afirma.

A redução no valor final, de acordo com Dal’Aqua, depende de medidas estruturantes maiores. Ele elogia, por um lado, a redução da alíquota do ICMS pelo governo gaúcho e, por outro, o projeto da Câmara dos Deputados que busca estabilizar a base de cálculo do produto.

No entanto, nenhuma deve trazer resultados a curto prazo. “A flutuação deixa todo mundo desorientado. O cálculo de 8% talvez reflita no ano que vem, mas, se mantiver assim no próximo ano, não vai ter o mesmo resultado. Pode ajudar em alguns pontos, mas não é decisão mágica”, define.

Além do Rio Grande do Sul, em outros cinco estado foram encontrados postos revendendo a gasolina acima de R$ 7: Rio de Janeiro (R$ 7,39), Acre (R$ 7,30), Minas Gerais (R$ 7,17), Piauí (R$ 7,15) e Mato Grosso (R$ 7,04). Nenhum valor máximo, porém, tão caro como no RS.

“A responsabilidade é da atual gestão da Petrobras, que mantém esta absurda política de paridade de preço de importação. É um crime contra a economia nacional o que estão fazendo”, contesta o presidente do Sindipetro.

A ANP também registrou avanço nos preços do litro do etanol (0,9%) e do diesel (0,3%) em comparação com a semana anterior. O preço do botijão de gás, por sua vez, teve alta de 1,8% nas revendas na última semana.

Fonte: G1

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