Cantor gospel acusado de aplicar golpe de R$ 270 mil em lojas de luxo no DF é preso em SP

André Luís dos Santos Pereira, de 35 anos, foi detido em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, durante patrulhamento Polícia Militar.

Instagram/Reprodução

Cantor André Santos é indiciado por dar golpes em lojas de luxo, no DF

A Polícia Militar (PM) do estado de São Paulo prendeu, na última sexta-feira (22), o cantor gospel suspeito de aplicar golpes em lojas de luxo no Distrito Federal e lucrar aproximadamente R$ 270 mil.

A prisão aconteceu em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, durante um patrulhamento da PM. André Luís dos Santos Pereira, de 35 anos, estava em um carro com mais dois homens.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ao realizar pesquisas, os policiais constataram que André era procurado pela Justiça no Distrito Federal. No veículo, os agentes encontraram cartões bancários e documentos.

Ele foi encaminhado ao 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, onde o caso foi registrado como captura de procurado.

Além do cantor, a Polícia Civil do Distrito Federal indiciou mais duas pessoas suspeitas de aplicar o golpe.

Como funcionavam os golpes

Gleyson Mascarenhas, delegado responsável pelo caso, informou que duas lojas – Prada e Gucci – procuraram a polícia em setembro deste ano para registrar ocorrência contra o cantor e os outros dois indiciados.

De acordo com o delegado, as lojas oferecem o atendimento “vip”, em que o vendedor vai até o endereço do comprador. Mascarenhas disse que os suspeitos solicitaram o serviço para aplicar o golpe.

“O vendedor se deslocava até o local que os suspeitos usavam como escritório, em prédios de alto padrão de Brasília. Um deles chamava o vendedor, o outro escolhia as peças de roupa, e um terceiro se apresentava como assessor responsável pelo pagamento”, detalhou o delegado.

Porém, segundo o investigador, no momento de quitar o valor, o suspeito apenas simulava uma transferência para conta jurídica da loja. “Eles faziam com que a operação não fosse concretizada. Como os departamentos jurídicos das lojas são grandes, a vítima só percebia que o comprovante era falso no dia seguinte”, explicou.

O delegado disse que os suspeitos não chegaram a fugir. Eles apenas davam desculpas às lojas e informavam que havia ocorrido um erro no banco.

Na Prada, grife especializada em bolsas e artigos de couro, a compra teria sido no valor de cerca de R$ 150 mil; na Gucci, os produtos custaram aproximadamente R$ 120 mil. Eles devem responder por associação criminosa e estelionato.

Máfia dos concursos

Em agosto, a Polícia Civil do DF concluiu o inquérito que investiga supostas fraudes no concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal, realizado em 2016. A investigação, no âmbito da operação Panoptes, começou em 2018 e ficou conhecida como “Máfia dos concursos”. Ao todo, 30 pessoas foram indiciadas.

Em 2019, André Pereira foi condenado a 3 anos e 5 meses de prisão em regime semiaberto por captar clientes para o esquema.

A fase mais recente da operação ocorreu em maio deste ano, quando a Polícia Civil prendeu quatro servidores da Secretaria de Saúde suspeitos de participar do esquema. Essa foi a sétima etapa da apuração policial.

Fonte: g1

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