MPF recomenda que Prefeitura instale placas sobre balneabilidade em praias de Maceió

Ocorrências reiteradas de despejo de esgoto sanitário nas praias urbanas afeta condições de balneabilidade do mar e, consequentemente, saúde e bem-estar humanos

Considerando a urgência e o risco à saúde da população residente e turística em Maceió (AL), o Ministério Público Federal em Alagoas expediu recomendação à Prefeitura para que instale, no prazo de 5 dias, placas informativas nas praias da capital, de modo a publicizar efetiva e periodicamente as informações sobre as condições de balneabilidade e eventuais riscos para a saúde humana, tomando-se como fonte informativa os relatórios produzidos pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) e divulgados em seu site oficial.

A Recomendação nº 1, de 17 de dezembro de 2021, de autoria do procurador da República Lucas Horta, foi expedida no âmbito do procedimento administrativo nº 1.11.000.001213/2021-52, instaurado para acompanhar as medidas a serem adotadas pelo Município de Maceió, pela BRK Ambiental e pelo IMA, a curto, a médio e a longo prazo, para o impedimento do lançamento irregular de efluentes sanitários/empresariais não tratados no mar territorial de Maceió.

Balneabilidade

Entre as razões para a expedição dessa recomendação, o MPF aponta reiterada e sistemática ocorrência de despejo de efluentes de esgotamento sanitário não tratado nas praias da orla urbana de Maceió, sendo certo que o Poder Público municipal, ao longo de todas as gestões, vem se furtando a adotar as providências necessárias para impedir novas ocorrências e resolver definitivamente o problema, tendo implementando, quando muito, medidas paliativas. A exemplo do que houve no último dia 5 de dezembro, na Praia da Ponta Verde.

Lucas Horta destaca ainda que, “segundo o atual relatório de balneabilidade elaborado pelo IMA (10/12/2021) e disponibilizado em seu site, diversas praias do município de Maceió encontram-se impróprias para recreação e contato primário (impróprias para banho)”.

Para o procurador da República, a não divulgação da informação sobre balneabilidade pela administração municipal é “omissão que afronta o princípio da prevenção e compromete a saúde pública, situação potencialmente agravada em virtude do período de festas de final de ano, quando a cidade recebe milhares de turistas”.

Orientação

O MPF orienta que as placas informativas sigam, na maior medida possível, as diretrizes técnicas apresentadas pelo IMA, a saber: sejam feitas de aço inoxidável, afixadas em postes de iluminação pública situados próximos aos pontos de coleta, na altura de 4 metros, utilizando-se varas de caniço desmontáveis para facilitar eventuais substituições a serem realizadas semanalmente.

Confira a íntegra da Recomendação.

Fonte: MPF/AL

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