‘Se houve sabotagem, não foi da parte do ministério’, diz Queiroga sobre apagão de dados

Queiroga visita o Cremerj — Foto: Gabriel Barreira/g1

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, visitou nesta sexta-feira (14) o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

Questionado sobre o apagão de dados da pasta e o pedido de parlamentares para uma investigação sobre uma possível sabotagem, ele se defendeu.

“Se houve sabotagem, deve ter sido… não foi por parte do ministério, tá? É de parte de criminosos. Tudo isso tá sendo apurado pela polícia federal. Onde falta transparência não é no nosso governo”.

No evento, Queiroga aplicou a terceira dose em Raphael Camara, secretário nacional de atenção primária do ministério da saúde.

Queiroga, que havia dito que o “sucesso” da campanha de vacinação se deve ao “pressuposto da liberdade”, travou o seguinte diálogo com Câmara:

– Você me obrigou a estar aqui, ministro?

– Não, nem eu nem ninguém né?

Queiroga foi questionado se recomenda a vacinação para crianças de 5 a 11 anos e discorreu sobre os estudos da vacina. Perguntado em seguida se vacinados um filho nesta idade, ironizou.

“Se eu tivesse um filho dessa idade, minha mulher ia me pegar, cara”.

Sobre a vacinação de crianças, ele evitou estimular diretamente a imunização.

“Todos pais que desejarem vacinar seus filhos terá vacina suficiente. Garantia que o Ministério da Saúde dá a cada pai e a cada mãe”.

O ministro também afirmou que a vacinação de crianças “não é uma questão coletiva”: “Essa é uma questão que não é coletiva, é uma questão que os pais tem que tomar a decisão. Até porque a própria indústria farmacêutica não se responsabiliza por efeitos adversos e foi necessária a aprovação de uma legislação específica. Mas até o presente momento, as agências sanitárias, de uma maneira geral, tem atestado a segurança da vacinação”.

Carnaval

 

Em relação a sua opinião sobre a realização ou não do carnaval, Queiroga afirmou que “o Supremo Tribunal Federal definiu que é competência dos estados e município”.

Na realidade, o governo federal também tem essa atribuição. Em caso de medidas divergentes, vale a mais rígida.

“O governo Bolsonaro em nenhum momento incentivou festividades de fim de ano. Se vocês encontrarem por parte do governo ou do Ministério, vocês me digam. Festas de réveillon aumentou (sic) o número de casos. Felizmente a população está fortemente vacinada. Nós estamos acompanhando, mas já tenho ouvido pela imprensa que os blocos de rua estão cancelados. As outras atividades não sei. Tem que acompanhar a evolução da pandemia” .

Fonte: G1

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