Mulher chama Judiciário de ‘bosta’ em rede social e juiz faz comentário em post: ‘não precisa morrer de raiva’

Juiz Thalles Britto respondeu à postagem de moradora sobre processo que estaria atrasado — Foto: TJMT

Um juiz respondeu o comentário de uma moradora em uma postagem feita nas redes sociais, criticando o Fórum de Querência, a 912 km de Cuiabá. Ela xingou o Judiciário pela demora no julgamento de processos relacionados à ela e o próprio magistrado respondeu, dizendo que os casos já tinham sido julgados e solucionados há vários anos.

A postagem da mulher, feita na última quarta-feira (12), dizia o seguinte: “Essa bosta só vive fechada, essa miséria. Esse fórum aqui trocado por merda é pouco. Tenho causa para resolver há mais de 6 anos, e nada, nem notícia. Tenho outra causa pendente e nada. Falta morrer de raiva, mas fazer o quê né, pelo menos tem um fórum na cidade, só não resolve a minha causa”.

Seis horas depois da publicação dela, Thalles de Britto comentou:

Resposta de próprio juiz causou repercussão — Foto: Reprodução/Facebook

“Boa noite sra […]. Procuramos os seus processos e localizamos. Os dois já foram julgados há vários anos. Inclusive, no cumprimento de sentença de código já foi determinada a expedição de alvará para receber valores depositados. A senhora deve procurar o seu advogado de confiança para se informar melhor. Não precisa morrer de raiva”.

Ao g1, o juiz disse que ficou sabendo da postagem da mulher pela assessoria do Poder Judiciário e que decidiu responder para esclarecer a situação específica.

“Levei numa boa. A ideia é levar a informação e fazer com que a pessoa se conforte de alguma maneira. Tudo que for de atitude para aproximar a população do poder Judiciário acredito que seja vantajoso. Muitas vezes, as pessoas se indignam com algumas coisas justamente por falta de informações”, contou.

 

Fórum de Querência (MT) — Foto: TJMTFórum de Querência (MT) — Foto: TJMT

No entanto, o magistrado não esperava que o comentário tivesse tanta repercussão. Para ele, o comentário foi um simples atendimento feito pela internet.

“Atendemos pela internet e até pessoalmente. Às vezes passam pessoas na rua e perguntam de um processo e pesquisamos como está a situação. Nesse caso específico foi respondendo uma postagem, mas na forma mais tradicional, fazemos isso todos os dias”, afirmou.

Depois da repercussão, Thalles relata que outras pessoas procuraram o Poder Judiciário para saber informações de processos parados, através do WhatsApp ou telefone.

Semanalmente, o Fórum faz uma média de 75 atendimentos pelo WhatsApp, balcão e e-mail.

Fonte: G1

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