Após um mês, família pede justiça pela morte de jovem assassinado depois de discussão em show

 

Reprodução

Ricardo Silva Santos Filho

Um mês após a morte de Ricardo da Silva Santos Filho, de 20 anos, assassinado após uma discussão na saída de um show, a família do jovem clama por justiça. O julgamento do réu, Diego Lopes dos Santos, 19, que aconteceria na tarde desta segunda-feira, 24, foi adiado para fevereiro devido a um problema de saúde do advogado de defesa.

Agora, a família aguarda pelo julgamento, remarcado para às 9h30 do dia 21 de fevereiro, e espera que o acusado seja responsabilizado pelo crime.

Ao Alagoas 24 Horas, a tia da vítima, Ivone Viana, contou toda a dinâmica do crime. “Meu sobrinho e o acusado moravam em Luziápolis. Na saída de um show em Teotônio Vilela, este rapaz encontrou com Ricardo e os amigos e passou a xingá-los do nada. Testemunhas disseram que ele [Diego] tinha se envolvido anteriormente em uma confusão e tinha apanhado. Acredita-se que estava revoltado e precisava descontar o que tinha acontecido em alguém então ao encontrar os meninos, passou a xingá-los, dizendo que eram filhinhos de papai e donos de Luziápolis. Durante a provocação, Diego passou a dizer o nome de cada um e a qual família pertencia até o ponto de xingar os pais do meu sobrinho. Neste momento, Ricardo não se conteve e  foi para cima dele. Os amigos o tiraram da briga e todo mundo pensou que a confusão tinha encerrado ali, mas não foi o que aconteceu”, relatou.

Após sair da cidade de Teotônio Vilela, Diego Lopes teria planejado o assassinato de Ricardo da Silva. “Este rapaz voltou a Luziápolis, pegou uma bicicleta, uma faca e foi esperar meu sobrinho na Praça Multieventos do Distrito, o aguardando atrás de um poste. Por conta de um atropelamento, ocorrido próximo ao local, meu sobrinho e sua namorada desceram da van antes do ponto. Eles passaram pelo poste e não viram Diego. Quando chegaram na metade da Praça Multieventos, o acusado gritou: Ei!. Quando meu sobrinho virou, recebeu uma única facada no coração. Mesmo se ele tivesse sido socorrido em segundos, não sobreviveria, segundo os medicos do IML. Quando deu a facada, ele [Diego] ainda disse assim: ‘tá vendo aí’. Meu sobrinho foi socorrido pelo Samu, mas acredito que ele já chegou sem vida ao hospital”, contou Ivone Viana.

Para a família, Ricardo da Silva foi assassinado por um motivo banal e sem chance de defesa. “Ele foi morto por um motivo besta, que a gente não consegue entender. Ele foi embora de uma forma covarde e brutal. Pedimos justiça e nada mais. Este é o modo de amenizar um pouqunho da dor, de saber que ele não teve nenhuma chance de defesa e que não vai voltar mais”, disse Viana.

Ricardo da Silva era filho único e deixou uma filha de apenas um ano de idade. “Ele sempre foi educado, na dele, filho único. Aprendeu a entrar e sair dos locais. Deixou uma filha de um ano de idade. Era o sonho dele ser pai. No fim de semana seguinte ao crime, era o aniversário de um ano da filha dele, que tinha programado uma festinha linda para ela. Agora, deixou uma filha de um ano e não poderá usurfruir do crescimento dela. Também deixou o pai e a mãe que viviam intensamente para cuidar ele. Ricardo estava trabalhando na Prefeitura, estava bastante feliz e realizando, pois iria cuidar da filha com o proprio esforço”, contou.

O réu Diego Lopes aguarda o julgamento no Sistema Prisional. A defesa chegou a impetrar habeas corpus, por ser réu primário, mas foi indeferido pela Justiça alagoana.

 

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos