Madrasta acusada de envenenar feijão impediu que filha pegasse comida de enteado

Cíntia Mariano Dias Cabral teve a prisão decretada. Divulgação

Em depoimento à Polícia Civil um dos filhos de Cíntia Mariano — madrasta acusada de envenenar a comida de seus enteados — afirmou que a mãe brigou com uma de suas irmãs por tentar pegar a comida do prato de Bruno — enteado de 16 anos que foi internado por intoxicação. De acordo com o relato, foi Cíntia que preparou e não se sentou à mesa durante o almoço daquele domingo 15 de maio. A madrasta foi presa nesta sexta-feira acusada de homicídio qualificado, contra outra enteada há dois meses, e pela tentativa de homicídio contra o jovem de 16 anos.

“Cíntia em nenhum momento se sentou na mesa, tendo ficado o tempo todo na cozinha preparando a comida. Todos se serviram, tendo Cíntia apenas já preparado o prato de Bruno (enteado) com bife e batata separados. Carla (filha) pegou a comida de Bruno e Cíntia “brigou” pedindo para ela parar de pegar”, detalhou à 33ª DP (Realengo), que investiga o caso:

“Assim que Bruno começou a comer, manifestou de imediato que a comida estava com gosto estranho. Cíntia imediatamente pegou o prato da mesa e levou para a cozinha e devolveu com mais feijão. Desta vez Bruno começou a separar umas “coisas” verdes bem pequenas da comida, tipo orégano. Ao ver isso, Cíntia, em tom de crítica, comentou para todos da mesa que o jovem estava com nojo. O único feijão que foi servido no prato foi o de Bruno por Cíntia”, contou em seu depoimento.

O estudante começou a passar mal cerca de uma hora após a refeição, já depois de ser deixado na casa da mãe, a empresária Jane Carvalho Cabral. Ele deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer com tonteira, língua enrolada, babando e com coloração da pele branca — sintomas similares aos apresentados pela irmã dele, Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, ao chegar à mesma unidade de saúde dois meses antes, também depois de fazer uma refeição na residência paterna.

Fernanda, porém, não teve a mesma sorte do irmão, que vem se recuperando bem da ingestão do veneno, e acabou morrendo após passar quase duas semanas internada. Inicialmente, o óbito foi tratado como tendo ocorrido por causas naturais, mas o episódio semelhante recente despertou suspeitas.

Madrasta ‘ficou rindo’ ao servir mais feijão
Presente no almoço de domingo no qual Cíntia Mariano Dias Cabral teria envenenado o enteado de 16 anos, uma filha da mulher contou à 33ª DP (Realengo), que investiga o caso, que a mãe “ficou rindo” enquanto colocava mais feijão no prato do estudante. De acordo com o depoimento de outro filho de Cíntia, que também estava no local, ela admitiu que foi justamente nesse alimento que colocou “chumbinho”, com o intuito de matar o rapaz.

A filha de Cíntia afirmou aos agentes que o jovem chegou a estranhar o sabor da refeição, como se estivesse “comendo com nojo”. A jovem relatou que viu no prato do enteado da mãe “um liquido esverdeado escuro e brilhoso”, mas que “na hora não viu relevância nenhuma por acreditar ser tempero da comida”.

Na casa de Cíntia, os agentes apreenderam, na cozinha, um frasco contendo veneno antipulgas. Também foram recolhidos, na lata de lixo, restos do feijão contaminado que teria sido servido por Cíntia ao enteado.

Ao ser perguntada pelos policiais sobre a reação da mãe ao perceber que o enteado estava “separando a comida”, ela respondeu que “todos ficaram zoando”. E que Cíntia, em seguida, “colocou mais feijão no prato” do rapaz. Ela também informou que ninguém além do jovem teve qualquer desconforto depois do almoço.

Fonte: Extra

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